O mercado hoje, 12/07/2019

ÁSIA: Na Ásia o dia foi de ganhos, dando continuidade à onda otimista lançada após as expectativas cada vez mais dovish com o Fed. Os dados da balança comercial chinesa, tão aguardado pelos players locais não decepcionaram, porém só foram divulgados após o fechamento das bolsas regionais. O superávit comercial da China se expandiu acentuadamente em junho, para US$ 50,98 bilhões, acima das perspectivas de analistas de estabilidade em relação a maio, de um saldo positivo de US$ 42 bilhões. O dado mostra que as transações do país asiático continuam resilientes, apesar da guerra comercial travada com a maior potência econômica do globo e isso animou os investidores. Quando o dado é observado de maneira individual, o superávit comercial da China com os Estados Unidos cresceu de US$ 26,90 bilhões em maio para US$ 29,92 bilhões em junho. Na comparação anual de junho, contudo, os dados da China mostram uma contração de 8,1% das exportações para os EUA e de 29,9% das importações de bens americanos. Agora os players aguardam os números do PIB do segundo trimestre chinês na segunda-feira, que deverão mostrar, segundo analistas, desaceleração para o seu ritmo mais fraco em pelo menos 27 anos.

EUROPA:  No velho continente as bolsas trabalham em campo positivo, enquanto os players ainda digerem as sinalizações dadas pelo Federal Reserve nos últimos dias de que deve cortar juros este mês, além de se animarem com a expansão da balança comercial chinesa acima das expectativas. Os dados locais também não decepcionaram, a produção industrial da zona do euro avançou 0,9% de abril para maio, também surpreendendo analistas que contavam com uma alta bem mais tímida, de 0,2%. Na comparação anual, no entanto, o indicador recuou 0,5%, mas mesmo assim bem menos do que a previsão de queda de 1,6%. A informação vem um dia depois do FMI pedir ao Banco Central Europeu que estimule a atividade da região para mitigar os crescentes perigos econômicos. Como riscos específicos, citou as tensões comerciais, as incertezas na Itália e o Brexit. A questão política britânica ainda está em suspenso até que um novo substituto da primeira-ministra Theresa May seja definido. Ao que tudo indica, o posto será assumido pelo ex-ministro conservador Boris Johnson, que disputa a vaga com Jeremy Hunt. Boris promete que fará o divórcio no dia 31 de outubro, data marcada para a saída, com ou sem um acordo com o bloco comum. Uma das autoridades mais enfáticas contra a separação, o presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Mark Carney, faz discurso hoje em Londres, às 8 horas de Brasília.

EUA: Nos EUA os futuros trabalham em campo positivo, enquanto  o Dólar sobe ante moedas asiáticas, minério de ferro e petróleo avançam. O Petróleo ruma para sexto avanço em sete sessões com interrupções da produção do Golfo do México em razão dos preparativos para tempestade tropical Barry, e com os players acompanhando os desdobramentos geopolíticos  da ação de Gibraltar  na semana passada de deter um petroleiro Iraniano. O governo de Gibraltar informou por meio de declarações de seu ministro chefe que a a ação foi uma decisão tomada por conta própria e não a mando de qualquer outro Estado ou terceiro. Hoje a Reuters informou que o Irã pediu oficialmente à Grã Bretanha que libere o petroleiro. O Irã alertou sobre medidas recíprocas se o navio-tanque não for libertado. Na agenda local,estão programados o índice de preços ao produtor (PPI) em junho (9h30) e o relatório semanal de Poços e plataformas de petróleo em atividade no país (14h00).

BRASIL:  Por aqui, A votação de destaques da PEC da reforma da Previdência continua hoje na Câmara e texto segue em mutação. Uma das emendas aprovadas na madrugada diminuiu idade para aposentadoria de policiais federais, policiais civis do DF e agentes penitenciários e socioeducativos federais. A retomada da sessão está prevista para  às 9:00, e uma das emendas é do Podemos sobre diminuição da idade para aposentadoria de policiais federais, policiais civis do Distrito Federal e agentes penitenciários e socioeducativos federais. Em virtude de manobra regimental conduzida pelo governo, aprovação do destaque sobre a aposentadoria de mulheres,  derrubou mudança proposta pela oposição para viúvas que, mais amplo, teria impacto fiscal individual de pelo menos R$ 38 bi.  Aprovação da reforma da Previdência em primeiro turno na Câmara é passo importante, diz Roberto Campos Neto, em entrevista. Nos jornais, a indicação de Eduardo Bolsonaro à Embaixada do Brasil dos EUA rende polêmica.

DOLAR:  Tem resistência imediata em 3.763, sem muita importância, e acima dele uma nova parada, também sem significado apenas 3 pontos acima em 3.766, que se rompido abre espaço para correção até os 3.786, com parada intermediária em 3.774. Acima dos 3.786 reverte a tendência do intraday, e passa a busar objetivos mais altos, com paradas em 3.808 e 3.818. Suporte imediato em 3.760 e depois avança em direção ao teste do fundo anterior em 3.744, com parada intermediária em 3.750. Abaixo dos citados 3.744 avança em direção aos 3.734 e 3.722 respectivamente. 

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