O Metaverso morreu. Viva o Metaverso!

O Metaverso morreu. Viva o Metaverso!

Nos últimos anos, o Metaverso capturou a imaginação de entusiastas da tecnologia, investidores e empresas em todo o mundo. Essa visão de um universo digital paralelo, onde as pessoas podem interagir, trabalhar e se divertir, gerou um verdadeiro hype. No entanto, recentemente, a atenção parece ter se deslocado para o campo da Inteligência Artificial (IA), que tem apresentado avanços impressionantes e aplicações práticas cada vez mais tangíveis e imediatas.

Apesar dessa mudança de foco, é importante destacar que as grandes empresas continuam a investir pesadamente no desenvolvimento do Metaverso. Essa persistência se deve ao reconhecimento do potencial que esses ambientes virtuais têm para transformar a forma como realizamos negócios e interagimos com clientes e colaboradores. As possibilidades de engajamento, imersão e experiências personalizadas no Metaverso são praticamente ilimitadas, abrindo novos horizontes para o marketing, treinamento, colaboração e muito mais.

Equipamentos de realidade virtual e aumentada estão se tornando cada vez mais sofisticados e acessíveis, permitindo uma imersão mais profunda e experiências mais ricas

Durante apresentação para a divisão Reality Labs, a Meta revelou que já vendeu quase 20 milhões de unidades do óculos Meta Quest*.  A Apple lançou neste Fevereiro de 2024 seu device chamado Vision Pro e já conta com mais de 600 apps construídos especialmente para imersão em Realidade Aumentada e Virtual, e a TCL lançou seus Óculos AR com aplicações que permitem, por exemplo, uma conversa em tempo real com tradução simultânea dos idiomas, possibilitando entender contextos, mesmo sem dominar a outra Língua.

Outro catalisador promissor para o avanço do Metaverso é justamente a Inteligência Artificial. A IA está revolucionando a forma como conteúdos e objetos 3D são produzidos, permitindo a criação de elementos virtuais, com velocidade, qualidade e custos cada vez menores. Isso não apenas acelera o desenvolvimento do Metaverso, mas também torna sua adoção mais viável para uma gama mais ampla de empresas e usuários.

Em um dos exemplos de aplicação mais empolgante e que realmente dá uma pista do que está por vir, Mark Zuckerberg, CEO da Meta, deu uma entrevista “no Metaverso” a Lex Fridman, cientista da computação, podcaster e escritor. Ambos usavam o Quest 3 e transmitiam, em tempo real, suas faces extremamente realistas, capturadas pelas câmeras dos aparelhos. Apesar de estarem a quilômetros de distância, ambos se percebiam frente a frente, podendo até mesmo visualizar pequenas alterações nas expressões mútuas. Nas palavras do jornalista: “era realmente como se os dois estivessem presentes na mesma sala. O avatar 3D de Mark não apenas se parecia com ele, era uma réplica impecável, refletindo com precisão suas expressões faciais e características distintivas”.

Essa capacidade de se teletransportar, cada vez mais de forma realística perceptível por todos os interlocutores, será a concretização de nossa “presença física” no Metaverso. As pessoas não vão interagir com seu “avatar”, mas sim, vão interagir “com você”!

É importante lembrar que o Metaverso não é um conceito único. Existem diversas visões e abordagens sobre como esse universo digital pode ser e como pode ser utilizado. Alguns podem imaginar o Metaverso como um espaço para jogos e entretenimento, enquanto outros o veem como uma plataforma de negócios, eventos virtuais ou até mesmo como uma nova dimensão para o comércio eletrônico.

O Metaverso estará cada vez mais presente em nossas vidas, e nós estaremos cada vez mais presentes no Metaverso. Seja para trabalhar, socializar ou explorar novas formas de entretenimento, esse universo digital promete redefinir a maneira como interagimos com o mundo e uns com os outros. Portanto, mesmo com o atual foco na Inteligência Artificial, não devemos subestimar o potencial transformador do Metaverso e as oportunidades que ele oferece para os negócios e para a sociedade.

Nós da SPOT já criamos dezenas de Metaversos para escolas, empresas e eventos, e sempre obtivemos avaliações muito positivas sobre como esse formato auxilia a atrair e ganhar a atenção dos usuários, que acabam se interessando e se concentrando mais nos conteúdos ali disponibilizados. Por se tratar de um ambiente novo e altamente gamificado, ele atrai o interesse de todas as faixas etárias, seja de alunos, colaboradores ou clientes.

Se você acreditou que o Metaverso morreu, pense melhor: Viva o Metaverso!

Fique ligado:  “O Metaverso morreu. Viva o Metaverso!” é o título de meu novo livro, que disponibilizarei em breve, mostrando em maior profundidade o assunto, para que você possa conhecer mais detalhes das aplicações práticas dessa ferramenta tão empolgante.

Clovis Castanho

*Fonte: Quest 3: Meta prepares investors for rising expenses (mixed-news.com)


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