O novo redator

O novo redator

Já faz um tempo que venho ensaiando esse conteúdo. De começo não sabia o óbvio: como começar e onde postar. Depois me senti tomado por uma angústia e o medo de parecer que meu sentimento não passaria de um simples recalque e de que eu, evidentemente, estaria ultrapassado.

Mas o tempo foi passando, o ensaio se tornou quase que uma obra completa na minha cabeça e eu decidi colocar no papel (e é aqui, nessa ideia, que eu começo o meu ensaio).

Você, meu amigue redator e redatora, já se deparou com as "novas" vagas para o nosso tão amado cargo? A necessidade, quase que fundamental, de sabermos e dominarmos todas (todas!) as mais novas técnicas de SEO, gatilhos mentais, persuasão, analytics, formulação de relatórios em excel, proatividade para "mexer um pouco no photoshop" e, evidentemente, ter um bom domínio do português?

Isso também, pelo pouco que vi, já não se limita mais aos, cafonas, níveis de profissão. As mesmas demandas servem para um júnior, quanto para um sênior (o ápice do legado publicitário).

Nesse texto, que chamo de ensaio, existem erros gramaticais. Erros que eu sempre contei com o colega revisor para me alertar e me ensinar ainda mais - porque eu, como redator, sou apaixonado pela lida do ESCREVER. As palavras se perdem dentro de mim e eu, como um pequeno neurônio, me transformo em impulsos criativos que em um primeiro momento, ultrapassam as regras da gramática. Ou seja, enquanto estou no meu processo criativo não estou pensando em paralelismo sintético. Sabe? Eu sei que você sabe.

Eu fui criado no papel e caneta - porque a minha ânsia de escrever não segura um lápis. Eu me entendi como redator a partir do momento que entendi que não sabia fazer nada além de escrever. Talvez esse realmente seja o meu único (e duvidoso, a terapia está aí para isso) talento. E quando eu me vejo INAPTO para 99,9% das vagas dessa minha profissão, eu me deprimo.

Não, longe de mim isso ser um desabafo digno de uma sessão de análise. É apenas um descontentamento com duas coisas que ainda não consigo entender: não existe mais espaço para redatores como eu ou a profissão se torna cada vez mais metódica que todos vamos mesmo ter um infarto aos 45?

Por hora, prefiro acreditar que minha saúde mental e minha bagagem de apaixonado por escrever me cabem.


A ânsia tá amarrada na caneta preta. Que bom te ler :)

Excelente ensaio. Percebo que muitas "técnicas de escrita", às vezes, ofuscam o principal: a paixão por escrever.

Carlos Eduardo Antunes

Engenheiro Civil | Assistência Técnica | Pós-graduando em Engenharia Diagnóstica

3 a

Amei! O melhor redator <3

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