O operacional vicia
Hoje, infelizmente a filha de uma pessoa da minha equipe ficou doente e ela precisou se ausentar por toda a tarde. Eu falei para ela focar completamente em cuidar da filha dela que eu responderia os atendimentos que ela estava fazendo no WhatsApp.
E nessa hora a Luana de 8 anos atrás renasceu das cinzas.
Eu amava fazer implementação de sistemas na época que trabalhava na Votorantim. Devo ter liderado pelo menos umas 4 implementações de software por lá.
E adivinha o que estamos fazendo aqui na empresa? Isso mesmo. Implementando um novo sistema (e um novo processo). O que era para ser uma olhada no sistema para responder todos clientes à tempo virou uma tarde quase que inteira fuçando o sistema (e já pensando em várias melhorias)
Sempre é um problema estar no operacional?
Eu realmente me fiz essa pergunta. Eu tenho anos de experiência em implementação de sistemas, tenho estado em contato com pessoas muito fod@s no tema de fluxos e comercial (que é o que estou implementando agora). Por que seria errado eu mergulhar nessa operação?
Eu cheguei a uma conclusão.
Uma boa líder é um golfinho 🐬
Nós líderes, assim como os golfinhos, precisamos ir até a superfície com frequência para seguir respirando. Isso, para mim, é estratégia.
Uma líder que não está muito próxima da estratégia vai ficar sufocada. Acredito que com você deve acontecer algo parecido: quando não se aproxima da estratégia parece que existe uma sensação de sufocamento, de excesso de operacional. E isso vai ser péssimo para o desempenho e engajamento do time. E fatal para a sua carreira.
Mas tem aqueles momentos que o golfinho precisa mergulhar. E eles fazem isso não só para se alimentar, mas também para explorar o local onde está e evitar predadores.
E não sei por aí, mas por aqui eu trato a improdutividade como um inimigo a ser combatido.
São nessas horas que eu acredito que como líder eu preciso mergulhar na operação. Configurar o sistema, entender como cada pessoa está fazendo seu trabalho para buscar otimizações e fazer ajustes para que o time performe melhor.
Mas cuidado com o Baiacú
Talvez eu esteja indo longe demais nessa analogia de golfinhos e liderança, mas vamos dar mais um passo nessa conversa.
Golfinhos gostam de usar a toxina produzida pelos peixes baiacus para ficarem ~alegres~.
E a líder que é muito boa no operacional pode usar a desculpa de “garantir a qualidade do processo” como seu baiacu, que te vicia em ficar no operacional.
Eu sei que dói algumas vezes a gente saber que podemos fazer um trabalho operacional mil vezes melhor e na metade do tempo que alguém da nossa equipe faz. Eu mesma ficaria a semana toda abraçando automações e fluxos (mentira, não conseguiria ficar sem dar mentorias, mas você entendeu).
Mas por mais que o barato do baiacu seja ótimo e gere uma sensação de conforto, se a líder não for para a superfície, perto da estratégia, vai faltar oxigênio.
Falando em fluxos…
O Fluxo de Alta Performance é a base do método do MLI, que é minha mentoria de liderança exclusiva para mulheres, que já levou muitas das minhas clientes a chegarem à posições de liderança mais sênior. Mas eu não só ensino isso.
Eu realmente aplico o Fluxo de Alta Performance na minha empresa.
E é esse Fluxo que me guia para que seja possível eu ter momentos de mergulhar no operacional e a hora de respirar a estratégia.
Você tem conseguido fazer isso por aí?
Gostou dessa newsletter? Quero feedback!
Eu sou Luana Carvalho, especialista em Liderança e Carreira. Clique aqui se você é uma líder que quer sair do operacional e chegar numa posição de liderança sênior.
Human Resources Business Partner | Itaú Unibanco
3 mAdorei a metáfora, Lu
Tecnologia da Informação e Inovação | Projetos | Sistemas | Processos Gerenciais | Ciência de Dados | Agro | Docência
3 mAmei!!! Excelente exemplo!
Gestão de Contratos, Integridade do Fornecedor, Facilities e Gestão de Terceiros
3 mMuito informativo, ameii