O pós Bin Laden

O pós Bin Laden

Por Roberto Barbosa

11 de setembro de 2001 é uma daquelas datas que não esqueço onde estava e o que fazia há 16 anos. Não só pela tragédia que atingia o coração da nação mais poderosa do planeta, quando os aviões atravessavam as torres gêmeas do World Trade Center.

Naquela data eu entrava na enfermaria de um hospital para submeter-me ao tratamento de uma infecção intestinal que me derrubaria por 30 dias, 15 deles internado e outros 15 de repouso absoluto em casa. Foi a pior bactéria já tratada pelo gastroenterologista Geraldo Venâncio, que me assistiu durante esta temporada no leito. 

Foram dias dolorosos, a base de antibiótico aplicado diariamente na veia e coleta de sangue para avaliar se o medicamento estava vencendo a guerra contra a bactéria. Venceu, ainda bem.

A rotina do Hospital era aliviada pelo noticiário. O mundo estava com as atenções voltadas para os EUA, tentando decifrar o enigma que traçava as linhas da nova geopolítica. A partir dali iniciava-se a guerra ao terror. A organização Al Qaeda de Osama Bin Laden era o grande satã.

Os países que rezavam fora da cartilha da América na ordem econômica também passavam a ser qualificados como integrantes do “Eixo do Mal”.

Em nome da guerra ao terror, países foram invadidos, ditadores foram depostos ou assassinados e o mundo continua temendo o terror, desta vez sob a orientação do Estado Islâmico.

Estamos diante de um mundo esquisito e inseguro, palco de uma das maiores crises migratórias do planeta. O perigo está em cada esquina, onde pode surgir uma célula terrorista com bomba, faca, carro ou qualquer outro instrumento que possa matar e chamar atenção para a causa suicida.

Se o antibiótico venceu a bactéria que me maltratava no fatídico 11 de setembro, nesses 16 anos o mundo ainda não venceu a guerra contra o terrorismo. O pior de tudo: a política externa dos EUA nos anos posteriores a tragédia, muitas vezes, igualou o modus operandi desta nação aos algozes.

O pós Bin Laden é tenebroso. O pragmatismo da América (que já teve o idealizador do atentado ao World Trade Center entre os financiados da CIA) não diferencia o sagrado e o profano. Para os EUA ainda prevalece a frase “time is money” e o terrorismo aprendeu a conviver com isso.

*Roberto Barbosa é diretor executivo da revista e Portal VIU!

Iki Iki Ikiiki

Katıldı (York Technical College)

8 m

M j k b e n n j q a m

Paulo Dias

Presidente do IBEC - INSTITUTO BRASILEIRO ENGENHARIA DE CUSTOS

7 a

Oi Sérgio. Só assim te encontro. Solidário com você nesta questão. ABraços

Sérgio L. S. Figueira

Engenheiro Civil - Professor Universitário e Pesquisador

7 a

Oportuna publicação. Também, assisti, em tempo real, e as imagens ainda estão nítidas, quando penso, como agora.

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