O papel de RH no mundo das experiências e dos dados
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O papel de RH no mundo das experiências e dos dados

Vivemos imersos em um mundo de dados. Dia após dia, habitamos um mundo que pode nos oferecer informações sobre qualquer área de nossas vidas. Não só recebemos, mas também produzimos dados a cada momento, a cada transação, a cada troca de conhecimento. Além disso, vivemos uma revolução na comunicação, com redes por onde transitam todas as informações – até o ponto de conectar objetos e redes tecnológicas, no campo da internet das coisas.

Você pode estar pensando: esta conversa de dados é para quem gosta de tecnologia! Mas, e as pessoas? Bom, as pessoas... são o centro de tudo. E tornar suas vidas melhores no mundo corporativo, passa cada vez mais pela análise de massas infinitas de dados, possibilitada pela analítica de dados e também pelo advento da inteligência artificial.

É sobre isso que gostaria de conversar com aqueles que leem os dados, a informação, o conhecimento e, quem sabe, a sabedoria desta reflexão.

Nossa história pode ser contada pela busca constante por aquilo que torna a nossa experiência vital, o que podemos chamar de uma vida boa, uma vida que vale a pena ser vivida. Se isso é verdade no cotidiano pessoal, por que não teríamos as mesmas aspirações no tempo em que passamos dentro das empresas?

Este é um dos meus questionamentos mais constantes. Como fazer para que o tempo das pessoas (e não dos “funcionários”) seja mais bem aproveitado com o que importa, fazendo com que tenham uma melhor experiência trabalhando? Não há como começar a enfrentar esse desafio sem colocar as pessoas de fato no centro para tentar compreendê-las.

Aqui os dados nos ajudam, pois, acreditem ou não, nos permitem conhecer melhor as pessoas e seus comportamentos. Lembra quando avaliar uma pessoa significava ver quais cursos ela fez? Horas de treinamento? Como é possível assegurar que uma pessoa que estava aí somente de corpo presente realmente aprendeu? E mais que isso, como saber se foi capaz de incorporar os aprendizados no seu modo de ser?

Como disse acima, estamos na era da Inteligência Artificial, a tecnologia capaz de aprender, analisando grandes massas de dados estruturados e não-estruturados. Que tipos de dados? Todos: o tempo gasto nas plataformas de aprendizagem, horários de maior rendimento, opinião sobre o mundo através dos posts públicos, formas de lazer e milhares de outros dados cotidianamente informados pelo corpo e pela mente.

Quando fazemos análise desses inputs em Recursos Humanos, com auxílio de algumas tecnologias, o people analytics, passamos a ter uma abordagem muito mais ampla a partir de probabilidades da propensão para o aprendizado, o engajamento, a performance esperada, a inclusão, e mesmo nossa capacidade de propor novos desafios para aqueles a quem lideramos.

São informações que, tratadas de forma ética e transparente, podem ajudar pessoas e empresas em suas experiências e decisões. Com isso, diminuímos a subjetividade das análises, decidimos melhor e de forma mais humana. Somos mais inclusivos, superamos preconceitos velados. Este é um bom caminho para igualdade de oportunidades, que tanto precisamos em nossa sociedade e no mundo corporativo.

Acho que é tempo para que nós, profissionais de recursos humanos, abracemos as tecnologias aplicadas à gestão de pessoas, para executar as atividades operacionais e elevarmos a nossa missão nas empresas. Podemos impulsionar a transformação na cultura, em novas formas de liderar, de aprender, de trabalhar, e na gestão estratégica de talentos e performance, na saúde da organização e das pessoas. Isso significa a formação de melhores profissionais e, por que não, de melhores pessoas. 

Fábio Ullmann

Sócio na HebraTech | Especialista em Inovação Tecnológica | Transformando Ideias em Soluções Práticas

5 a

Concordo Lu, RH não pode ficar fora dessa transformacao👍

Juliana Patricio Morethson

Analista de Sistemas de Negócios na Sicredi

5 a

Luciana primeiro quero te parabenizar pelo artigo. Sou Analista de Negócios de TI e atuo nos processos de RH e me vi em alguns questionamentos mencionados e e no artigo como um todo. Obrigada pela publicação!

José Cardenas

Director de Ingeniería Industrial - UPC

5 a

bom dia, acredito que se o esculpidor do Pigmalião tivesse tido people analitycs, provavelmente nao se houvesse apaxionado pela escultura... a pergunta é se o efeito Pigmalião explica de alguma maneira o fato de tratar explicar as pessoas por meio da IA o ainda por qqr gràfico que seja? (desculpe meu portugues, ele enferrujou nos ultimos anos)

Paola Podesta

General Manager Edelman Argentina

5 a

Sempre sao as pessoas, no começo e no final... e cómo fazemos junto com a tecnología para garantir a melhor experiencia e aprendizado, e isso se traduz in “inspired” talent que é 125% mais productivo. Amei a matéria Lu!

Silvia Aguiar

Diretora Corporativa Pessoas e Cultura |Especialista em Desenvolvimento Organizacional | Executiva RH| Desenvolvimento de Líderes | Esp. em Transformação Cultural| Gestão de Equipes. Membro da Diretoria ABRH PE.

5 a

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