O papel mais importante no SCRUM!

Por muito tempo venho refletindo sobre os impactos da entrada dos métodos ágeis no universo corporativo e um deles em especial me motivou a escrever este artigo. O aumento de foco no mais importante papel no SCRUM.

Dentre os papéis existentes no SCRUM podemos transcender os já conhecidos Product Owner, Scrum Master e DevTeam em um elemento comum deste framework tão comentado. Este elemento estava tão esquecido nas mentes tecnológicas codificadas com a linguagem de deadlines ou escopos imutáveis que fez da chegada dos métodos ágeis uma ruptura tão grande na perspectiva de analisar e conduzir os projetos. Em sua primeira frase o manifesto ágil nos dá uma pista:

“Individuals and interactions over processes and tools”

Ou seja, Indivíduos e interações mais que processos e ferramentas.

Fico imaginando a chegada de um framework com os valores voltados ao mindset de outros tempos como seria: Prazo, Custo, Documentação, “Eu-quipe” ou “Do Not Disturb”, já pensou? (risos)

Mas não, não foi isso que fez destes frameworks ágeis uma ruptura ou reciclagem do pensamento organizacional. Falando diretamente do SCRUM foi algo muito mais HUMANO do que isso:  Foco, Coragem, Abertura, Compromisso e Respeito. Valores determinantes para o papel PRINCIPAL aqui abordado e que renasce aos olhos corporativos.

Este foi o principal ingrediente trazido, seres humanos e a inter-relação capaz de absorver cenários complexos superando obstáculos gigantescos na busca pelo resultado prático ao CLIENTE. O bom e velho TRABALHO EM EQUIPE ganhou vida nova e destaque neste mundo pós-moderno ego-digital.

Muito se fala sobre “a morte do agile” (citado por um dos próprios precursores do manifesto ágil Dave Thomas na GOTO CONFERENCE 2015) mas realmente acredito que seja qual for o futuro no desenvolvimento de software, algo jamais será esquecido: as pessoas. São elas que nos diversos papéis deste espetáculo global dos negócios, seja como clientes ou atores na cadeia produtiva, REALMENTE podem e fazem a diferença e quando paramos de olhar para nós e olhamos para o lado compartilhando informações, problemas, sonhos ou desafios conseguimos ir muito mais longe.

Para mim este foi o maior impacto: analisar e trazer sob as lentes focais a importância do QUEM e as relações HUMANAS que existirão em qualquer tempo ou metodologia aplicada. Quem escreve o código, quem escuta o cliente, quem interpreta as necessidades, quem analisa os testes, quem projeta as interfaces; o papel que antecede qualquer framework e que sempre fará a diferença - você, eu, todos nós!