O papel social da comunicação - além da informação

O papel social da comunicação - além da informação

Ciência é uma área desafiadora. Ainda hoje, a maior parte da Comunicação Científica continua restrita, principalmente quando realizada entre os próprios cientistas e materializada na forma de artigos.

A divulgação científica não pode ser vista como tradução de métodos para a linguagem leiga, deve, antes de tudo, referenciar as condições sociais de desenvolvimento da pesquisa, o contexto, cenário, desafios e, também, os dilemas e contrariedades que traz em si.

Portanto, uma ciência aberta precisa de um jornalista de coração aberto para encarar a ciência como além do que aquilo que é praticado pelo cientista.

Graças ao crescimento exponencial do universo digital e das inovações tecnológicas, estão surgindo oportunidades a serem mais bem exploradas para ampliar e direcionar a Comunicação Científica, principalmente entre o público não — especializado.

O objetivo principal é difundir conhecimento e melhorar o debate de novos paradigmas, muitos deles criados pela própria ciência, sejam tecnológicos ou culturais.

Além do básico na divulgação da ciência

Quando transformamos dados de pesquisas científicas, de mercado ou mesmo dados brutos disponíveis em arquivos públicos e imagens, facilitamos de maneira fisiológica a assimilação da informação.

Dessa forma, o jornalista que trabalha com ciência não pode querer “traduzir” o que leu em um paper e nem pode o cientista resguardar seus dados com medo de que eles sejam publicados de maneira incorreta.

O jornalista de ciência deve, antes de tudo, focar-se mais nos resultados e nos impactos que a pesquisa trará para a vida de determinado grupo social do que para o currículo do cientista.

Deve ver o cientista muito mais que como um mero pesquisador, mas sim, como um ser humano, que tem medos e cuja subjetividade influencia no objeto pesquisado.

Na era da informação, diferenciar o modo como nos comunicamos ou apresentamos nossas ideias se tornou crítico, principalmente devido à sobrecarga de informação cada vez maior e períodos de atenção cada vez mais curtos.

Vamos repensar a comunicação científica?

Simone Ludwig

Jornalista com MBA em Gerenciamento de Crises; estrategista de conteúdo, gestora de redes sociais, comunicação corporativa e pública;

7 m

Muito bom, Isa!!

Paulo Schueler

Coordenação de Comunicação | Consultoria de Comunicação | Comunicação Científica

7 m

Boa, Isa! O melhor exemplo disto talvez tenha sido Carl Sagan... Suas linhas me fizaram lembrar também do diálogo entre Einstein e Chaplin, quando foram apresentados um ao outro. Eiinsten diz: “Você não diz uma palavra e, ainda assim, todo o mundo o entende”. Chaplin responde: “Sua fama é ainda maior: o mundo admira você sem entender uma palavra do que você diz”.

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