O papel social da comunicação - além da informação
Ciência é uma área desafiadora. Ainda hoje, a maior parte da Comunicação Científica continua restrita, principalmente quando realizada entre os próprios cientistas e materializada na forma de artigos.
A divulgação científica não pode ser vista como tradução de métodos para a linguagem leiga, deve, antes de tudo, referenciar as condições sociais de desenvolvimento da pesquisa, o contexto, cenário, desafios e, também, os dilemas e contrariedades que traz em si.
Portanto, uma ciência aberta precisa de um jornalista de coração aberto para encarar a ciência como além do que aquilo que é praticado pelo cientista.
Graças ao crescimento exponencial do universo digital e das inovações tecnológicas, estão surgindo oportunidades a serem mais bem exploradas para ampliar e direcionar a Comunicação Científica, principalmente entre o público não — especializado.
O objetivo principal é difundir conhecimento e melhorar o debate de novos paradigmas, muitos deles criados pela própria ciência, sejam tecnológicos ou culturais.
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Além do básico na divulgação da ciência
Quando transformamos dados de pesquisas científicas, de mercado ou mesmo dados brutos disponíveis em arquivos públicos e imagens, facilitamos de maneira fisiológica a assimilação da informação.
Dessa forma, o jornalista que trabalha com ciência não pode querer “traduzir” o que leu em um paper e nem pode o cientista resguardar seus dados com medo de que eles sejam publicados de maneira incorreta.
O jornalista de ciência deve, antes de tudo, focar-se mais nos resultados e nos impactos que a pesquisa trará para a vida de determinado grupo social do que para o currículo do cientista.
Deve ver o cientista muito mais que como um mero pesquisador, mas sim, como um ser humano, que tem medos e cuja subjetividade influencia no objeto pesquisado.
Na era da informação, diferenciar o modo como nos comunicamos ou apresentamos nossas ideias se tornou crítico, principalmente devido à sobrecarga de informação cada vez maior e períodos de atenção cada vez mais curtos.
Vamos repensar a comunicação científica?
Jornalista com MBA em Gerenciamento de Crises; estrategista de conteúdo, gestora de redes sociais, comunicação corporativa e pública;
7 mMuito bom, Isa!!
Coordenação de Comunicação | Consultoria de Comunicação | Comunicação Científica
7 mBoa, Isa! O melhor exemplo disto talvez tenha sido Carl Sagan... Suas linhas me fizaram lembrar também do diálogo entre Einstein e Chaplin, quando foram apresentados um ao outro. Eiinsten diz: “Você não diz uma palavra e, ainda assim, todo o mundo o entende”. Chaplin responde: “Sua fama é ainda maior: o mundo admira você sem entender uma palavra do que você diz”.