O “pedigree”

O “pedigree”

“Fique rico ou morra tentando” se não for um dos legitimados pra “tocar a obra”, dos que não devem e não temem repetir os mesmos pecados perdoados pelos que “sabem o que eles fizeram no verão passado” na geringonça quebrada por sua “parafuseta da rebimboca”, na rosca frouxa por ser forjada pra ficar com essa folga, mesmo quando a justiça retorna pela banda larga da teoria que faz uma volta, sobre a realidade fática que a faz passar bem longe dessa porta, alargada pelo “executivo” que passa pelos umbrais do “legislativo” que volta, com toda a força do motor de arranque energizado pelo “orçamento secreto”, emendas parlamentares e muita verba de gabinete para os que se esforçam pra tocar a obra, dos que ficam ricos em seus rastros de pessoas mortas, como as “Marianas” que encantavam os “Brumadinhos” que se formam, na terra da garoa que bate as bielas na cratera que a afoga, na mesma conversinha que sobra do que corre frouxo nesse tipo de obra, tocada por quem não se importa com o “congolês” indicado para o “pau” pra toda obra, tocada pelo gaulês que passa pela “marginal” que incorpora como quem toca a própria obra, por esse “desvio” dos nacionais que precisam se desviar se quiserem seguir direto e reto pelo “Direito” de contar uma boa história, a qual podemos iniciar dizendo que, por fim, foi encontrada a “Pandora”, por uma “pessoa do povo” que não é movido pelo complexo de vira-lata que faz o “pedigree” de quem vai e volta, pelas vias aéreas, com os projetos pra tocar a obra, lidos pelas “vistas grossas” que passam pelos aeroportos internacionais das cidades com alto índice de depressão nas encostas, da via principal que passa a ser marginal direita e esquerda ao Direito que se afoga, no lamaçal que venda as vistas de quem se conforma com a explicação dada por quem se desenrola com o mesmo “copia e cola”, do verão passado pelo mesmo inverno que recai sobre quase toda obra, incompleta ou paralisada por quem as toca “superfaturada” da desculpa de que seu “desvio” do eixo que a comporta pode ser explicado com a clássica retórica de que a culpa é da “parafuseta da rebimboca”, expressão de difícil entendimento para os leigos que não estudaram com os “amigos” que se formaram na mesma escola, cheia de teorias que viram outras diante da prática que parece ter vida própria, sem nenhum nexo de causalidade com os administradores dessa engenharia precedida pelos projetos de pessoas engenhosas, no marketing que importa para as eleições que batem à porta, do eleitor que fica de fora do entendimento de sua importância no enredo dessa estória, onde figura como o protagonista que morre tentando se encaixar como um cidadão nessa disposição teórica, de quem toca a obra com as práticas aprendidas lá fora, onde se reza os “contratos internacionais” regidos pela lei lá de fora, do alcance dos que ficam cansados só em pensar em “processar” quem processa toda essa trajetória, pelo “mapa da fome” dos nativos convidados a se retirarem da escola que ensina engenharia aos legitimados pra fazer estória, coberta da impunidade que a repete e reforça, os laços de amizade de pais pra filhos que se sucedem indicando os fiscais para as estatais que fiscalizam suas obras, que “sem fé é morta” como a aceitação das práticas religiosas dos que elegem tais políticos pra tocarem suas obras, e aqui vale um desvio dessa “marginal” pra chegar no ponto que importa: Acharam Pandora! No mesmo aeroporto internacional dos nacionais que, mesmo a passos lentos, vão deixando seu nome na história, da redução da criminalidade com uma simples câmera que, se estivesse instalada em cada paletó, na pala ou na gola, veríamos mais assinaturas de aumento de salário para professores que ensinarão seus alunos nas escolas, que se estão sem futura é porque foram dadas, de presente, a quem não se importa, exceto com sua privatização para execução de suas próprias obras.

Miguel Flávio Medeiros do Carmo

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