O Poder da Individualidade nas Organizações
#Quando a ignorância é felicidade, é loucura ser sábio. Thomaz Gray,
Apesar dos grandes avanços e da constatação da necessidade que os indivíduos precisam ter espaço e colaboração principalmente dos seus líderes imediatos para aflorarem sua criatividade que se bem trabalhada podem gerar inovações importantes no ambiente corporativo, percebe-se que o universo organizacional ainda encontra-se fragilizado e cheio de discursos vazios das lideranças que não refletem em suas ações diárias.
Quando se fala de criatividade é imperioso deixar claro que não existe fórmula pronta e muito menos uma mágica que facultará a manualização e padronização que refletirá numa estrutura homogênea de capital humano. Considera-se importante destacar que cada indivíduo é único, aumentando o grande desafio do gestor de identificar o eu de cada um, e a partir dessa compreensão, perceber em que estágio encontra-se na visão do novo mundo e como se tornará um ser humano específico.
Caso as organizações encontrem a maturidade reflexiva, será possível minimizar a situação que hoje nos incomoda no mundo corporativo que é a perda da singularidade do seu corpo funcional e o descaso que matéria tão relevante recebe, impedindo e/ou criando barreiras na estimulação de crescimento e desenvolvimento.
Cabe ressaltar, que essa constatação nos remete ao processo educacional que infelizmente caducou faz tempo, não cumprindo seu principal papel e abraçado a um modelo e mapa de estradas que não existem mais, não fomentam a descoberta de cada um na busca do seu eu.
Nunca é demais alertar que vivemos numa cultura em que o indivíduo não é valorizado pelo que é e sim pelo que tem. Se for abastado financeiramente é um grande homem. Se for pobre não traz nem um valor e é considerado ser insignificante.
Com essa premissa equivocada e mesquinha, aprisionamos e criamos o estereótipo do homem bem-sucedido baseado em suas conquistas materiais, abdicando de valorizar a sua essência, a sua dignidade e principalmente a sua capacidade de dedicar-se ao pensamento reflexivo e qualitativo que faz a diferença e por consequência permitirá que se assim, considerar conveniente com o desdobramento dos seus resultados legítimos fazerem os investimentos que lhe convier. Tendo como concepção que liderança é uma virtude, e não um dom, por acreditar que ela sempre é circunstancial tendo em vista que permite ao líder de levar adiante pessoas, projetos, ideias e metas.
Corroborando com esse pensamento Charlie Chan afirma:
“Mente humana é como paraquedas, funciona melhor aberta”, sendo assim, conclui-se que a primeira competência do líder é abrir a mente dos seus liderados, exercendo o seu verdadeiro poder, ou seja, servir e não para se servir, permitindo que os liderados possam participar do jogo e não apenas lhe ensinando regras, dessa forma estará permitindo que os colaboradores sejam fiel depositário da sua própria biografia.
Essa reflexão não pode ser concluída sem trazer uma expressão maravilhosa de Sérgio Cortella:
“É por isso que todas as vezes na sua vida que alguém me pergunta: “Você sabe com quem está falando?”, eu respondo: “Você tem tempo?””
Professor
5 aCaro Romeu, seu texto é enriquecedor. Principalmente quando se refere a questão de servir. Estamos aqui para isso. Essa certeza nos traz outro significado para a expressão "fulano não serve prá nada". Abraço.