O poder de fazer as perguntas certas

O poder de fazer as perguntas certas

Eu vivo cercado de dados. São reports, análises, resultados, apresentações, dashboards. Às vezes a sensação é de quase naufragar, de perder a visão dos objetivos que estão lá na frente e também dos steps que vão nos fazer chegar lá. A gente se acostuma a ver um monte de números e em alguns momentos eles viram só burocracia, algo meio como paisagens: eu vejo mas aquilo não me toca, não representa nada além do óbvio.

E foi por ser responsável por gerir equipes e representar uma empresa que eu aprendi o poder de fazer as perguntas certas. Não que haja uma receita do sucesso - longe disso. A questão aqui é sair do modo automático, tentar vestir os sapatos de outra pessoa para ver a vida sob outra perspectiva. Quando estamos mergulhados na rotina acabamos perdendo essa potência de ação. Perdemos a flexibilidade necessária para enxergar para além do que está na superfície, entende?

Um exemplo trivial: quantas vezes você já se pegou pensando que chegou ao trabalho mas não se lembra de quase nada do caminho? Pois é. Provavelmente você se levantou no mesmo horário de sempre, escolheu a roupa da forma usual, pegou o mesmo vagão de metrô ou estacionou na mesma vaga de garagem. É bem capaz que tenha escutado às mesmas músicas ou programa de notícias matinal. Você fez milhares de escolhas, mas não prestou atenção em nenhuma.

E se isso mudasse? Como essas mudanças te afetariam? Como estar mais presente nas próprias escolhas e, portanto, na vida?

Pra mim é tudo sobre reconhecer que estou no modo automático, respirar fundo e “ligar” o modo manual. Porque se a gente faz as mesmas coisas todos os dias, como é que dá pra esperar resultados diferentes? É matematicamente impossível. Então experimente se observar, entender em quais situações você liga o piloto automático e se pergunte o que poderia ser diferente. Quando a gente vai no “modo manual”, o cérebro faz novas conexões neurais. Estimulado, busca diferentes respostas. Fica motivado, absorve mais energia e libera mais energia.

E então o fio condutor deste modo de viver é fazer perguntas. Você pode estar pensando “mas quais são as perguntas certas?”... E eu digo: são as que você ainda não fez. Eu sei que o mais fácil é realmente colocar o fone, fazer tudo como todos os dias, deixar a mente em estado de fluxo e os músculos à serviço do hábito. Mas experimentar sair da rotina é quase como praticar um hobby. Traz frescor, você vê mais graça no que te rodeia. Seja para melhorar a performance no trabalho, seja para ter dias mais felizes: tente abrir espaço no seu dia para perguntas. Aguce sua curiosidade. A vida retribui! Com respostas e com mais perguntas!


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