O poder de transformação da Gestão de Segurança implantada por O'Neill
No livro O Poder do Hábito (Charles Duhigg, 2012) é contada a história surpreendente de Paul O’Neill a frente da Alcoa em 1987. A empresa vinha do ano anterior com resultados abaixo do esperado, e os acionistas esperavam ansiosos pelo início do comando de O’Neill.
Porém, na primeira reunião de apresentação, O’Neill deixou todos de cabelos em pé. Ansiosos pela nova estratégia que iria mudar os rumos da empresa, receitas milagrosas para o alcance de maiores e melhores mercados e retorno financeiro, O’Neill iniciou seu discurso com a seguinte frase:
“Quero falar com vocês sobre segurança no trabalho”. “Quero tornar a Alcoa a empresa mais segura do mundo”, completou.
Fonte: Triblive.com
O discurso do novo diretor executivo não mencionou nada sobre qualquer assunto que os presentes esperavam ouvir, e a preocupação sobre o futuro da empresa subiu à cabeça de todos, iniciando até mesmo a corrida pela venda de ações por diversos investidores.
O que muitos não esperavam é que, após um ano do início da liderança de O’Neill, os lucros da Alcoa foram surpreendentes e até a sua saída a Alcoa havia aumentado em cinco vezes o seu faturamento anual, de acordo com o livro.
Mas então, qual foi a grande jogada de O’Neill?
Ao iniciar sua era com a preocupação primordial e inegociável em Segurança no Trabalho, O’Neill estava visualizando muito além. Colocou toda a liderança na mesma página, com o compromisso pessoal com ele de identificar, comunicar e investigar todos os acidentes ocorridos. Um acidente que ocorresse em qualquer unidade da Alcoa deveria ser comunicado diretamente a ele e num prazo máximo estabelecido. Para isso, cada gestor local começou a cada vez mais se aprofundar e exercitar a melhoria dos processos, estrutura e capacitação, pois ninguém queria acordar O’Neill com uma notícia tão negativa como um acidente.
Além disso, ao colocar a segurança como meta e voltar todos os esforços para a prevenção, O’Neill conseguiu envolver todos os funcionários, de todas as áreas e níveis, a avaliar e pensar em melhores soluções e melhores condições de trabalho, visando sempre a prevenção de acidentes. Ao fazer isso, as unidades estavam se tornando mais eficazes, havia menos afastamentos, menos prejuízos de paradas de linhas de produção e, sobretudo, a preocupação e envolvimento de todos os funcionários. A comunicação era facilitada e no final das contas toda a estrutura, física e humana, estava voltada para o mesmo objetivo. Isso fez com que houvesse ganhos inimagináveis para a empresa.
Mas o que de fato O’Neill implantou? Um excelente Sistema de Gestão!
Com procedimentos claros e objetivos, metas estabelecidas, comunicação a todos, avaliações e ajustes contínuos, ele havia, por meio do tema segurança no trabalho, estabelecido um Sistema de Gestão eficaz em todas as unidades da Organização.
Fonte: Safestart.com
Paul O’Neill nos mostrou de forma natural e surpreendente, como um processo de fato implantado, uma rotina, hábitos, conseguiram transformar uma empresa das dimensões da Alcoa.
Dessa mesma forma, estamos assistindo um momento de transformação estruturada em muitas empresas.
O fortalecimento da área de Compliance, colocado também (e não poderia ser diferente) como valor inegociável de companhias sérias, a inclusão da diversidade entre as pautas mais importantes, a valorização de Fundos ESG ou ASG (Ambiental, Social e Governança), vem colocando empresas responsáveis em outro patamar. A implantação de Sistemas de Gestão Antissuborno e Compliance vem, como O’Neill fez há mais de 30 anos atrás com a prevenção, modificando padrões e estabelecendo um novo alinhamento e compromisso de todos. Afinal, quem quer sair nas páginas de jornais como empresa corrupta ou ainda empresa que não preza pela responsabilidade e respeito a sociedade?
Administrador na hoepers, campos e noroefé
10 m👏👏👏
Gestor de Operações Agrícola I
1 aTop
👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽
Responsável Pessoas & Organização (RH) na Odebrecht TransPort
3 aParabéns, Fabi. Abs.
Diretor de negócios na Huios consultoria
3 aMuito bom