O prazer da leitura
Na história da Humanidade, houve livros que já foram queimados e homens perseguidos.
Mas não foi só isso: houve guerras em nome da paz que dividiram o espaço com heróis e mártires apaixonados por grandes causas tendo a elas dedicado as suas vidas.
O mundo passou por transformações. Houve Homens que fizeram história, como o rei Salomão, respeitado pela sua grande sabedoria e pensadores como Platão, Sócrates e muitos outros que permanecem vivos até aos dias de hoje.
Génios como Leonardo da Vinci e Miguel Ângelo que abrilhantaram o Renascentismo com as suas presenças, e Einstein, o cientista mais importante do século passado, descobriu a Teoria da Relatividade. O muro de Berlim caiu, a China transformou-se no gigante Asiático que é hoje em dia e o sonho de Martin Luther King realizou-se através de Barack Obama, o primeiro Presidente negro da história dos Estados Unidos.
Todos estes acontecimentos marcaram a história e mantêm-se vivos através dos livros que, geração após geração, exercem o papel de mensageiros e multiplicadores do conhecimento. Acontecimentos que, se dependessem apenas da memória humana, certamente teriam caído no esquecimento e ficado algures perdidos na linha do tempo.
Hoje os tempos são outros e o mundo vive outro tipo de conflitos e revoluções. Com o aparecimento da tecnologia o homem moderno questiona-se se é possível sobreviver sem ela.
E, este mesmo homem, totalmente informatizado, também se pergunta quanto tempo mais os livros, aqueles que um dia foram queimados e que registaram os mais importantes avanços da Humanidade, resistirão às tentações da modernidade.
Previsões não faltam, decretando o fim do livro impresso e o domínio dos e-books. O Kindle, desde o seu lançamento, já vendeu mais de 1 milhão de aparelhos, mas ainda assim nada poderá convencer os verdadeiros leitores, aqueles que têm prazer na leitura, sobre a razão para o fim do livro impresso.
Nada supera a sensação de folhear as páginas de um livro. Os livros impressos não precisam de energia ou sinal, são companheiros e, não importa aonde estejam no mundo, eles estarão sempre perto de nós.
Steven Spielberg defende que a leitura de um grande livro é muito mais rica que assistir a um grande filme. Bill Gates, o criador da Microsoft, encerra o assunto afirmando que os seus filhos terão computadores mas, antes, terão livros.
Terão também a liberdade, já que o livro nos conduz à mais fantástica viagem permitida ao homem - a viagem ao mundo do conhecimento.
Serão livres também todos aqueles que entenderem que o livro nos liberta da ignorância e nos leva a lugares e experiências inimagináveis.
Livre o homem que conhece a sua história.
E o livro estará sempre por cá para contá-la.