O primeiro passo para escrever um livro
Algumas pessoas geralmente me abordam para perguntar como que funciona o processo de escrita de um livro. Vou tentar explicar de uma forma resumida como que eu faço:
Escrever um livro é fácil: primeiro você passa a vida inteira praticando com textos que você compartilha com os amigos e sonda o resultado disso no sentimento das pessoas. Depois você não para nunca de criar histórias baseadas nas suas influências e na sua vivência como pessoa. E aí você faz uma história que percebe que está crescendo e precisa ser contada de forma longa. Aí monta um roteiro na sua mente de tudo que precisa acontecer pra descobrir o seu desfecho junto com o desenvolvimento da história. Organiza tudo em fluxogramas que te dão um norte de como encaixar cada acontecimento em cada personagem e quais das suas características precisam ser aprimoradas ao longo da narrativa para causar empatia. É um trabalho extremamente sensorial e sentimental que você deve lapidar sozinho, trabalhando a própria mente para transformar tudo que se passa aí dentro em algo que valha a pena e faça sentido ser lido. É um projeto enorme que, depois de pronto na sua cabeça, começa a parte mais fácil: escrever, ler, editar, revisar, achar que está uma bosta, achar que está muito bom, desistir de tudo, se motivar do nada com ideias novas... Enfim, é um trabalho em que a maior ferramenta e a maior ruína é a sua AUTOESTIMA. Afinal, é o seu sentimento externalizado, a sua experiência, a sua prática de escrita. Tudo exposto numa narrativa que você precisa acreditar que vai dar certo o tempo todo e, mesmo achando que nada vai para frente, você precisa tirar um fôlego de si mesmo para continuar e continuar e enxergar um fim para aquele monte de palavras sem propósito e que ao mesmo tempo contém todo o propósito da sua existência como ser humano. E aí, quando termina, vem a publicação, a resposta dos amigos, dos familiares e de pessoas curiosas que se interessam no seu trabalho. Pra depois o baixo engajamento te desacreditar de tudo que você faz e pensar em desistir de tudo. Em seguida, uma faísca te motiva a escrever de novo, um pouco mais, pra seguir com o que você sabe fazer melhor e produzir um trabalho que você gosta mais e que dá mais energia ao sentido de tudo que você foi feito para fazer e ser.
Escrever é fracassar o tempo todo. E pensar no fracasso me faz querer provar pra mim mesmo que eu posso fazer melhor. Então eu treino mais e escrevo mais. Como se eu lutasse contra os meus próprios demônios aqui dentro da minha cabeça, que tentam desmerecer tudo que eu fiz até hoje. E aí eu leio algo que eu fiz e a outra parte da mente acredita muito, bota fé no cultivo de todo o meu treino solitário e perseverante.
Vencer eu mesmo é o que me dá mais orgulho, porque eu sou a pessoa que mais me diminui e mais me aumenta. Por isso, saber que eu me superei é saber que eu venci. A partir desse ponto, eu continuo escrevendo e lutando pelo que eu acredito. Desde o primeiro instante em que um amigo da escola, em 2002, leu uma redação engraçada minha e rachou o bico. Desde que alguém me disse ter chorado com algo emocionante que eu fiz.
É mais ou menos assim.
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5 aIsso ai Ale.. nunca escrevi um livro, mas ja esquematizei muitos na minha cabeça...rs. Parabéns por não desistir!! Você tem um talento nato!