O que é o fluxo de caixa e como aplicá-lo no seu negócio
O que é o fluxo de caixa e como aplicá-lo no seu negócio
Aprenda a avaliar o fluxo de entradas e saídas de recursos e a disponibilidade de capital de giro na sua empresa
Nas operações do dia a dia de uma empresa, a organização financeira é fundamental. Para isso, o empresário conta com um instrumento básico de planejamento e controle financeiro, denominado fluxo de caixa.
O objetivo dessa ferramenta é apurar e projetar o saldo disponível para que exista sempre capital de giro acessível tanto para o custeio da operação da empresa (folha de pagamento, impostos, fornecedores, entre outros) quanto para o investimentos em melhorias (reforma da fachada, por exemplo).
Na ferramenta de fluxo de caixa, devem ser registrados:
Vendas à vista em dinheiro, cheque, cartões; vendas a prazo, recebimento de duplicatas, entre outros.
Compras à vista e a prazo, pagamentos de duplicatas, pagamento de despesas e outros pagamentos.
Recebimentos e pagamentos previstos para o futuro, num período de pelo menos três meses.
Ao elaborar o fluxo de caixa, o empresário terá uma visão financeira do presente e do futuro da empresa.
Dessa forma, o empreendedor pode antecipar algumas decisões importantes, como: a redução de despesas sem o comprometimento do lucro, o planejamento dos investimentos, a organização de promoções para desencalhe de estoque, o planejamento de solicitação de empréstimos, a negociação para dilatar prazos com fornecedor, e outras medidas para que dificuldades financeiras possam ser evitadas ou minimizadas.
A estrutura do fluxo de caixa depende da natureza da empresa e das necessidades do empresário. O resultado do fluxo de caixa é o saldo disponível (em dinheiro existente no caixa, ou depositado em conta corrente nos bancos, etc.) apurado pela diferença entre o total do valor dos recebimentos e pagamentos efetivamente realizados em determinada data ou período.
O saldo final do fechamento de caixa deve corresponder ao valor dos recursos disponíveis no caixa da empresa ou depositados em contas bancárias.
Veja abaixo um resumo das etapas para uma boa gestão do fluxo de caixa da empresa:
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O saldo de caixa não indica necessariamente que a empresa está tendo lucro ou prejuízo em suas atividades operacionais. A existência do saldo final deve ser confirmada preferencialmente a cada dia.
É importante saber que saldos diários elevados, tanto negativos quanto positivos, sugerem a necessidade de melhoria da organização financeira.
Caso o saldo apurado seja negativo, deve-se analisar se as despesas estão muito altas e verificar a possibilidade de renegociação dos pagamentos aos fornecedores, entre outras providências possíveis.
Já se o saldo apurado for positivo, pode-se investir esse valor de forma que se obtenha algum rendimento até que seja necessário fazer algum pagamento.
Saldos negativos devem ser sempre analisados. A primeira providência é descobrir as causas: atraso nos recebimentos, alta taxa de inadimplência, queda repentina nas vendas, etc.
Esse problema também ocorre se as diferenças entre os prazos de recebimentos forem muito maiores do que os prazos dos pagamentos. Nesse caso, planejar e organizar o capital de giro é fundamental. Para evitar problemas no fluxo de caixa é recomendável ter uma reserva de capital de giro.
Vejamos um exemplo para uma loja de roupas. O lojista compra a mercadoria no valor total de R$ 1.000,00 no dia cinco de janeiro. O pagamento ao fornecedor será em 30 dias, ou seja, no dia cinco de fevereiro.
A mercadoria foi vendida no dia 25 de janeiro, parcelada em duas vezes. A primeira parcela com 30 dias e a segunda com 60 dias.
Nesse caso, o fluxo financeiro ficaria assim:
Observação: os valores entre parênteses representam saídas ou saldos negativos.
Veja que, no exemplo acima, há um descasamento entre a data do pagamento da mercadoria ao fornecedor e o dia do recebimento da venda, gerando um saldo negativo de R$ 1.000,00 no dia 5 de fevereiro.
Fazendo o fluxo de caixa, o empresário antecipa que essa situação vai ocorrer e se prepara para guardar dinheiro suficiente para fazer esse pagamento, mesmo não tendo ainda recebido do seu cliente.
Os empréstimos, sejam bancários ou provenientes de sócios, assim como os descontos de duplicatas são alternativas viáveis, mas não devem ser as primeiras soluções. Nunca é demais lembrar que essas opções devem ser previamente e detalhadamente analisadas, para que o empresário não assuma dívidas além de suas possibilidades, enfrentando dificuldades futuras para quitar os compromissos assumidos.
Busca uma ferramenta para auxiliar com o fluxo de caixa?
O fluxo de caixa pode ser elaborado manualmente (o que dá um pouco mais de trabalho), em uma agenda ou um caderno. Mas é muito mais fácil, organizado e ágil se for realizado em uma planilha eletrônica ou em um programa de gestão.
Sales Manager en H&CO Brasil
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