O que é honestidade em um(a) candidato(a) a Presidente?
Estamos assistindo ao início da apresentação dos prováveis candidatos em um ambiente bastante influenciado pelos últimos anos de investigações e denúncias de corrupção.
Nesse cenário uma pergunta apresenta-se como essencial: O que é honestidade em um(a) candidato(a) a Presidente?
a) Honestidade Financeira: Não ter recebido doações não declaradas? Não ter recebido dinheiro em troca de ações governamentais, em troca de leis? Os dois são iguais? Não ter conflitos com interesses empresariais pessoais?
b) Honestidade de Posições: Defender o que acredita? Falar a verdade? Ter votado, se foi político, de acordo com o que defende?
c) Honestidade Intelectual: Defender uma idéia por princípio e não para ganhar votos/likes? Posicionar-se pelo que acredita ser o melhor para o País e não para si?
A verdade é que as nuances são muitas em uma cargo com tantas responsabilidades, complexidades e interesses conflitantes. A resposta tentadora pode ser: todos esses tipos de honestidade são necessários.
O que nos leva a outra pergunta: existe alguém assim capaz de assumir a Presidência (no Brasil e no mundo)? Friso o capaz, pois talvez alguém que reuna todas essas características não consiga chegar á Presidência. Maquiavel fez essa análise (para o "Rei", que era a figura de mandatário que existia á época).
Se isso for verdade, qual a (des)honestidade dessas que aceito? Não tem resposta certa. Alguém pode dizer: só não aceito a desonestidade financeira e que para mim são todas as listadas no respectivo item. Sem dúvida é uma posição válida. Entretanto, fique-se claro que essa pessoa pode continuar votando em um candidato desonesto intelectualmente, por exemplo.
Uma coisa é certa: como em todas escolhas difíceis na vida, com gritaria e refrão pronto não chega-se a nenhuma conclusão racional.