Quem é o melhor e menos odiado?
A pergunta que não caiu no Enem, mas não quer calar: Donald Trump ou Hillary Clinton? Quem é o melhor candidato(a) ou é menos odiado(a)? Minha dúvida veio depois de ver uma reportagem em que norte-americanos bem no estilo radical são perguntados pelo repórter brasileiro: Você votarão em Trump? Eles responderam: Sim. O repórter: Vocês gostam dele? Eles responderam: Não, aqui ninguém gosta dele, mas é melhor ele que a Hillary. Usando raciocínio lógico: As pessoas podem até não gostar do Trump, mas detestam ele menos que ela. Constatação estarrecedora.
O detalhe em questão é que o carisma e a dita popularidade de Hillary Clinton se sustentam em tais características de seus maiores apoiadores o presidente Obama e a primeira-dama Michelle Obama, que trabalham para tentar emplacar uma simpatia que é bem difícil de achar na candidata democrata. Segundo analistas de ciência política ela é considerada fechada, que só conversa com um grupo restrito bem próximo. Sem querer fazer uma comparação, mas tudo parece um déjàvu de alguém no Brasil que tinha características muito parecidas e não soube governar porque não gostava e não sabia fazer política.
A dúvida é se escolher uma incerteza pode ser ruim e se escolher o que parece certeza pode ser ainda pior. O fim da era Obama demonstra a falta de capacidade do presidente dos Estados Unidos em preparar um sucessor a altura do cargo que possa dar continuidade ao que começou. Já escrevi aqui que tando o candidato republicano quanto a candidata democrata são opções indigestas no próprio partido. O futuro nos dirá quem será a melhor escolha.