O que é Iceberg Cultural?

Toda empresa possui aspectos visíveis que constituem a cultura da organização, ou seja, a ponta do iceberg. Mas existe muito mais além do que podemos ver, aquilo que está submerso mas que é relevante e que precisa de manutenção contínua.

Dentro da estrutura cultural de uma organização, existem fatores facilmente identificáveis que representam a empresa tanto para o público interno quanto externo. Por outro lado, há também aspectos mais profundos, não visíveis, mas que existem e podem ser trabalhados. Este conceito é conhecido como o Iceberg Cultural, por ter uma estrutura semelhante a um iceberg, onde a ponta carrega o que podemos ver, mas há muito mais abaixo que pode ser considerado e moldado.

Esse método revela à liderança onde estão as atitudes mais enraizadas que muitas vezes podem impedir o crescimento da empresa, e por isso identificar os aspectos mais profundos em relação à cultura pode ser a chave para uma verdadeira transformação interna.

A ponta do Iceberg:

Aqui estão os aspectos facilmente visíveis por todos, ou artefatos, como:

• comportamentos;
• formas de falar;
• dress code;
• disposição do ambiente físico;
• ritos;
• hierarquia e papéis.

Base do Iceberg:

Na parte mais profunda da cultura, encontramos as questões mais implícitas, enraizadas e desafiadoras de serem atingidas, como:

• os valores culturais: o que é intrínseco à essência;
• o propósito da empresa: a razão de existir;
• crenças e pressupostos básicos.

É importante ressaltar que a maior parcela cultural, presente na base do iceberg, determina o comportamento visível na superfície.

Quando as partes do iceberg não estão alinhadas, a organização pode sofrer com inúmeros fatores negativos, como o tão temido turnover ou a falta de engajamento e apatia, já que os colaboradores podem não se identificar com o que a empresa prega e faz.

Desta forma, o RH, em colaboração com a liderança, tem o papel de cuidar da cultura, garantindo com que as mudanças sejam refletidas em toda a estrutura da organização.

• Modificar exclusivamente a parte visível, sem impactar a mais profunda, gera inconsistências internas, complicando a gestão.
• Por outro lado, modificar a parte invisível sem refletir explicitamente essa transformação no dia a dia indica uma mudança superficial, afinal a teoria não está sendo devidamente praticada.

Assim, identificar os aspectos mais profundos é crucial para atuar em uma transformação necessária, e tendo uma base sólida com valores e crenças estabelecidos, a empresa refletirá seu sucesso nos comportamentos visíveis do dia a dia.