O que 10 anos em um estúdio de fotografia me ensinaram sobre #LiberdadeFinanceira Feminina.
Auto Retrato em Estúdio

O que 10 anos em um estúdio de fotografia me ensinaram sobre #LiberdadeFinanceira Feminina.

Por Renata Benaderet Verena Consultoria e Planejamento Financeiro

Nos últimos 10 anos, enquanto trabalhava dentro do meu estúdio de fotografia, sem perceber, conduzi um experimento comportamental informal. Durante esse tempo, tive a oportunidade de conhecer e conversar com muito mais de 100 mulheres que passaram por lá. Entre um clique e outro, entre ajustes de luz e poses, surgiram momentos de confissões, reflexões e revelações.

O que mais me chamou atenção é que uma questão parecia se repetir: a dependência emocional em relação a assuntos financeiros. Essa descoberta, ainda que não intencional, foi transformadora para mim, tanto como #Economista quanto como #Mulher. Quero compartilhar com vocês um pouco deste experimento.

O ambiente de um estúdio de fotografia é único. As mulheres que entravam ali buscavam registrar momentos especiais ou renovar sua autoestima, muitas vezes fotografar seus produtos a venda. Entre uma troca de roupas e outra, ou durante ajustes na câmera, as conversas fluíam de forma natural. Histórias sobre suas vidas, suas famílias, suas lutas e, muitas vezes, suas inseguranças.

Foi assim que comecei a perceber um padrão. Muitas dessas mulheres, independentemente de idade, profissão ou classe social, dependiam emocionalmente de outras pessoas quando o assunto era dinheiro, investimentos, orçamento,  – maridos, parceiros, pais ou mesmo filhos , Homens. Essa dependência impactava profundamente suas #escolhas e, em muitos casos, sua #autoestima.

Na sua maioria, mesmo com salários ou proventos altos, entregavam a gestão de seu dinheiro a uma figura masculina de referência na família, como o marido, o pai ou até mesmo o gerente do banco ( do sexo masculino). Isso revelava como as dinâmicas emocionais e culturais continuavam a influenciar a relação dessas mulheres com suas finanças.

O que ficou claro para mim é que a dependência não era apenas uma questão de dinheiro, mas de autonomia e bem-estar emocional e muitas vezes, provas de amor. Por exemplo, lembro-me de uma mulher que, após anos fora do mercado de trabalho para cuidar dos filhos, sentia-se aprisionada em um casamento infeliz, simplesmente porque suas reservas estavam todas sob gestão do seu parceiro e não havia forma de conversa para administra-las que não terminava em briga,

Houve também histórias de mulheres que desejavam empreender, mas tinham medo de arriscar por não terem suporte financeiro ou conhecimento suficiente sobre como administrar suas finanças. Muitas vezes, a dependência financeira vinha acompanhada de um sentimento de frustração e impotência.

Essa experiência me ensinou que a educação financeira é uma ferramenta poderosa para a emancipação feminina. Mais do que entender sobre orçamento ou investimentos, trata-se de ter #ESCOLHAS. Trata-se de poder sair de situações limitantes, de construir uma vida baseada em sonhos próprios e de ser protagonista da própria história.

Como economista e planejadora financeira, essa vivência reforçou minha missão de ajudar mulheres a alcançarem sua independência financeira. Acredito que cada uma de nós pode ser dona do seu futuro, desde que tenha as ferramentas certas e o apoio necessário.

Se você, assim como essas mulheres, sente que a dependência financeira está limitando suas escolhas, quero te encorajar a dar o primeiro passo. Invista em educação financeira, busque informação e não tenha medo de pedir ajuda. Sua independência é possível, e cada pequeno progresso faz diferença.

Espero que essa reflexão inspire outras mulheres a refletirem sobre sua relação com o dinheiro e a tomarem as rédeas de suas próprias vidas. Afinal, o maior retrato que podemos registrar é o de uma vida vivida com autonomia e plenitude.

Uma frase que digo é que nós mulheres ainda estamos no caminho de conquistar a nossa liberdade financeira porém ainda não chegamos lá, ainda estamos no caminho para encontrar um soutien que caiba nessa causa para queimá-lo.


Nara Duarte Pinski

Sócia na AngelUs Network | Impulsionando a equidade de gênero nas empresa | Vamos #Mulherar?

1 sem

Muito bom Rezinha!!!!

Anne Stegmann D'Antona

Inovação | Desenvolvimento de Negócios | Mentora de Inteligência Artificial | Inteligência de Mercado | Governança Corporativa

2 sem

Renata Benaderet parabéns pelo artigo! Seu "experimento" revela uma faceta importante da desigualdade de gênero. Acredito que as raízes desse comportamento estejam ancoradas em construções sociais históricas que relegaram as mulheres ao espaço doméstico e aos cuidados, enquanto os homens assumiam o papel de provedores. Essa divisão de papéis, perpetuada por gerações, moldou não apenas as expectativas sociais, mas também a autopercepção das mulheres em relação às finanças. Embora a educação financeira seja importante para promover a mudança, ela deve caminhar lado a lado com mudanças culturais profundas.

Amei. As mulheres precisam ser independentes financeiramente e tomar coragem para dar o primeiro passo.

Patrícia Taylor

Advogada - Especialista em Planejamento Patrimonial, Familiar e Sucessório/ Holding/Doação/ Testamento/Pacto Antenupcial/Contrato de União Estável/Contrato de Namoro/Divórcio/Partilha de Bens/Pensão/Guarda/Inventário

2 sem

Valioso e necessário o teu artigo!

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