O que está acontecendo com a demanda mundial de petróleo?

O que está acontecendo com a demanda mundial de petróleo?


Os conflitos ao redor do planeta, no momento, são os grandes “vilões” da estabilidade. O recrudescimento do conflito em Gaza após os acontecimentos recentes levou, além das preocupações humanitárias, a um enorme receio do mercado com o futuro do transporte do petróleo, que deve encarecer.


Os investidores se preocupam, também, com a possibilidade do aumento de sanções na Rússia, que deve fazer com que o governo reduza as exportações em resposta - o que diminuiria a demanda global, tendo em vista que a Rússia é uma das principais produtoras e exportadoras da commodity. 

 

“A Rússia poderia cortar [sua oferta], criando um déficit de fornecimento global ao reter as exportações, o que poderia causar outro grande aumento de preço. Há um risco crescente de um grande movimento de alta se isso acontecer, e é melhor que os investidores estejam preparados para este caso”, avalia Phil Flynn, analista do The Price Futures Group. O saldo da semana passada, por conta dos acontecimentos e receios, foi de uma alta de 3,5% no preço do barril. 

 

Poucos dias atrás, o cenário era outro. O petróleo havia caído cerca de 1% depois de um aumento mais forte das reservas de petróleo nos Estados Unidos do que o previsto na semana anterior. No fim das contas, ficou no “empate”: 2 dias antes da queda de 1%, havia sido registrada uma alta, também de 1%. Dessa vez, por conta da Arábia Saudita.

 

Depois de anunciar uma projeção incrível para a demanda global - um acréscimo de 2,2 milhões de barris por dia (bpd) - a Opep parece estar desacelerando. O grupo, liderado pela gigante petrolífera Saudi Aramco, da Arábia Saudita, abandonou um plano para aumentar a sua capacidade de produção de petróleo - e, pelas previsões do mercado, deve diminuir ainda mais - numa reversão significativa que levantou questões importantes sobre a visão, antes otimista, do país em relação à demanda global. 

 

Os motivos são muitos - desde o provável déficit enfrentado pelo país por conta dos altos investimentos em turismo, esportes e infraestrutura, até um novo movimento global do mercado, preocupado com as possíveis reviravoltas em regiões chave para o abastecimento global. 

 

Agora, é cada vez mais difícil realizar qualquer previsão, mas a expectativa é de que o cenário se mantenha estável, ou seja, sem grandes alterações nos preços e nas expectativas de bons anos de petróleo pela frente.

 

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