O que está acontecendo com o nós?
Em minha vida profissional tramito por diversos cenários empresariais conflituosos, independente do tamanho físico ou econômico financeiro da Organização.
Ora é o escritório que presta serviços de assessoria seja ela de imprensa, financeira contábil, T.I., recursos humanos a solicitarem serviços estruturais, motivacionais comportamentais e outra vezes é a industria, logística o comercio solicitando os mesmos serviços. O mercado da humanologia está em alta e cresce vertiginosamente.
Em todos os cenários um diagnóstico se repete não faltam conhecimentos técnicos, são cursos diversos dentro da área afim e muitos outros complementares como línguas e tecnologia para colaboradores de áreas onde tais conhecimentos são dispensáveis para o exercício da função.
Então por que resultados esperados, financeiros ou não, decepcionam a ponto de se tornarem custos e não investimento os recursos aplicados ao desenvolvimento do pessoal?
Olhando por cima sem mergulhar no âmbito da questão é como se todos estivessem fazendo corpo “mole”, querendo apenas saber dos seus direitos sem vestirem a camisa da empresa. Quem nunca ouviu isso, que atire a primeira pedra.
Ocorre que os tempos modernos nos fornecem tempo para quase tudo e, porque digo quase tudo? Porque estamos nos distanciando do outro do ponto de vista afetivo propriamente dito.
Temos em nossas redes sociais milhares de amigos, entretanto quando necessitamos de alguém para nos fazer uma sopa quando pegamos um forte resfriado, nenhuma delas se apresenta ou quando queremos repartir a preocupação com filhos adolescentes e tivermos aquele olhar de compreensão e sentir que o outro passa pelo mesmo que nós. Onde está?
A vida moderna está uma verdadeira selva, trabalho, estudo, horas no transito, necessidade de novos e novos e novos aprendizados para ser competitivo e ter a independência financeira proporcionando a família aquilo que não tivemos, ou dar aos pais aquilo que eles fizeram por nós, ou ser a pessoa mais curtida nas redes sociais pelas fotos espetaculares que tiramos com nossas viagens, em lugares invejados...
E o Eu onde fica? Queremos: curtidas, seguidores, comentários, lacrar, acontecer. Isso é o que o coletivo impõe como regra social, pois assim são os tempos modernos.
Milenarmente o eu precisa do eu, ou seja, gente precisa de interação com gente, apesar de todos os benefícios que a tecnologia trouxe e continuará a trazer para a humanidade.
A tecnologia quando bem utilizada trás mais tempo para vivermos mais fraternalmente, ocorre que quanto mais tempo temos mais afazeres arrumamos e assim a vida virou um balaio de gatos.
E as organizações com isso? É lá onde se concentra de forma estruturada, via de regra pessoas para interagir trabalhando, e hoje vivemos o fenômeno ILHAS HUMANAS, estamos robotizados, e aí começam os entraves,
Na minha rede quando não gosto de algo, cancelo o amigo/a e problema resolvido, porém não é possível deletarmos ou cancelarmos o líder mal humorado, ou exigente bem como não podemos simplesmente substituir de uma hora para outra o colaborador como fazemos com as nossas mídias.
E o tempo passa e quando chega o final do período o resultado esperado pela empresa não se torna realidade. E você pensa enquanto CEO, diretor, gerente e assim sucessivamente onde foi que eu errei. Gastei XXX mil reais com pessoal e me encontro no mesmo patamar do passado.
E aí entra a experiência das coisas antigas para juntar todos e mostrar que na simplicidade encontraremos um universo de razões para sermos felizes agregando humanidade em nosso dia a dia.
Se o colaborador sempre “mata ou adoece” algum familiar ou amigo próximo ou após feriados, como resolver isso sem perder peça importante da engrenagem empresarial sem conflito.
Que adianta falar em resiliência se não conseguirmos nos deslocar de nós mesmos para vivenciar o “assunto” do outro sem nos afetarmos e aí sim nos posicionarmos com humanologia.
Reside aí o afastamento das pessoas e em especial no profissional onde afloram a disputa, os egos estão a flor da pele e aí a SELVA RACIONAL explode tornando o dia a dia complexo e intratável. É melhor ficar depois do horário onde possamos ficar sozinhos/as e terminar o trabalho sem chefe ou colega chato.
É chavão: O nós será sempre maior e mais forte do que o eu, porém funciona
Se o colaborador sempre “mata ou adoece” algum familiar ou amigo próximo ou após feriados, como resolver isso sem perder peça importante da engrenagem empresarial sem conflito.
Cada um de nós tem um mundo especial, entretanto neste mundo pessoal há diversos pontos de intersecção e união, encontrar estes pontos é a chave para a vivência e convivência harmoniosa, pacífica, enriquecedora, agregadora das relações interpessoais.
Vitória Faber
Consultora – Palestrante
Educadora e Coach
Palestrante sênior (Autônomo)
6 aRubens Oliveira, modernidade, técnicas e métodos são importantes entretanto sem equilíbrio emocional o comportamento não acompanha a técnica, pois não absorve o aprendizado a ponto de se transformar. Abs
Executivo Vex Transportes e Serviços LTDA.
6 aExcelente texto Vitória. Obrigado por compartilhar conosco!