O que está por trás da batalha dos Assistentes Pessoais de Voz

O que está por trás da batalha dos Assistentes Pessoais de Voz

Os Assistentes Pessoais de Voz têm tudo para serem a grande vedete desse Natal no Brasil. O motivo é que, finalmente, teremos a disposição caixas de sons conectadas de última geração em nosso idioma nativo o que permitirá viabilizar inúmeras aplicações intuitivamente apenas com nossa fala.

Esses equipamentos têm crescido vigorosamente nos Estados Unidos que já contam com mais de 75 milhões unidades conectadas nos lares dos americanos. Os principais players da nova economia estão na corrida para liderar esse negócio. Apple, Amazon, Google (esses últimos já com versão em Português), além de Samsung e outras companhias gigantes.

O que muitos não percebem é o que está por trás dessa corrida. O nome e sobrenome dessa batalha é INTERFACE.

Desde que Steve Jobs revolucionou o mundo da gestão com o I-Phone e a funcionalidade do touch, não havia surgido nenhuma nova tecnologia de usabilidade que poderia ameaçar a soberania dos smartphones.

Os Assistentes Pessoais têm esse potencial já que podem estar conectados a inúmeras opções, dentre elas vestíveis como os relógios inteligentes ou nas já mencionadas caixas de som.

A interação com essa miríade de equipamentos é peculiar e está integrada a forma mais básica de comunicação do ser humano: a Fala. O comando de voz é intuitivo, universal e não gera nenhuma tração. Seguramente, tem tudo para se consolidar como a forma mais fácil de interação do homem com a máquina. Sacou o potencial revolucionário desse negócio?

Ele pode ser a ruptura dos smartphones e criar um novo paradigma para toda indústria que tem gerado bilhões de dividendos ao longo dos anos consolidando a maior empresa em valor de mercado do mundo, majoritariamente, com um único produto: o I-Phone.

A Apple e a Samsung têm a vantagem de serem os maiores fabricantes de aparelhos celulares o que lhes confere uma base instalada poderosa e robusta. No entanto, em sua essência, os Assistentes Pessoais de Voz não têm relação apenas com manufatura proprietária já que se integram a qualquer equipamento. Dizem mais respeito a qualidade da aplicação em sua usabilidade e facilidade de conexão com outros devices do que na integração exclusiva com smartphones.

Nesse sentido, a empresa americana tem a dianteira por ter saído na frente com o Siri (e aprendizado é fundamental para aprimorar o sistema de inteligência artificial) e também pela experiência com o sistema operacional IOS. O “problema” da Apple é sua relutância em integrar suas soluções com outros produtos e produtores.

Amazon e Google são outros jogadores poderosíssimos. A Amazon largou na frente com o Alexia e essa vantagem lhe confere uma curva de aprendizado favorável em relação aos outros jogadores. Além disso, ela é proprietária do maior marketplace do mundo e está integrando e disponibilizando o Alexia em uma infinidade de possibilidades.

 O Google, inegavelmente, dentre todos os competidores é aquele que melhor desenvolve softwares e aplicações. Seu maior desafio será quando se aventura na manufatura como na fabricação do Nest Mini, sua caixa de om que será lançada no Brasil até o final do ano. As iniciativas da empresa com produção não têm repetido o mesmo êxito da companhia que revolucionou o comportamento dos indivíduos na web em outras frentes.

Como podemos observar, existe muito mais por trás dessa corrida pela liderança dos Assistentes Pessoais de Voz do que, simplesmente, liderar uma nova categoria. Trata-se do protagonismo de um modal que pode representar a ruptura no modelo atual e ser responsável por uma nova onda inédita de evolução nos negócios.

Quem se arrisca a apontar o vencedor dessa corrida?

Sarita Melo

Aprendizagem e Desenvolvimento | Professora de Matemática | Administradora | 6Ds

5 a

Romerito de Melo lê esse artigo.

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