O que eu aprendi com meus próprios bloqueios mentais e criativos
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O que eu aprendi com meus próprios bloqueios mentais e criativos

Que atire o primeiro artigo, quem nunca paralisou frente a uma grande demanda de trabalho. Seja pela complexidade ou pelo tamanho, a verdade é que nossa primeira reação ao olhar para um grande desafio é travar.

Apesar de tudo que aprendemos na teoria e das várias ferramentas disponíveis, é comum seguirmos esse padrão. Estamos tão acostumados a apagar os famosos “incêndios” do dia a dia, que quando precisamos estruturar algo de forma mais ampla, parece que a mente, simplesmente, bloqueia.

O fato é que esse comportamento não tornará o desafio menor, nem fará o problema, magicamente, desaparecer. O único jeito é enfrentar a situação e buscar formas para quebrar o bloqueio, tornando o processo menos lento e doloroso. Listo abaixo, o que vêm me ajudando nesse sentido.

Busque dados e referências de mercado

Dificilmente, vamos resolver algo sem analisar o cenário e pesquisar um pouco sobre referências. É claro que a ideia aqui não é copiar nada, nem ninguém, mas sim unir aquilo que você já tem de bagagem a alguma aplicação de mercado que pode te ajudar. 

Imagine quantas empresas e profissionais já tiveram que superar desafios como o seu? Talvez você não encontre dados super detalhados ou soluções tão específicas, mas, certamente, encontrará novas possibilidades de olhar para o problema.

Buscar cases de sucesso relacionados ao tema que você está com dificuldades em resolver, pode ajudar em questões como: encontrar formas de iniciar o projeto, conhecer ferramentas para auxiliar na execução da demanda ou até mesmo escolher o que não fazer.

Compartilhe o problema com outros colegas

Um erro comum que cometemos na rotina de trabalho é partir do princípio que temos que resolver tudo sozinhos. Muitas vezes, a visão de alguém externo, seja colega de trabalho, amigo ou familiar (quem sabe até um desconhecido) pode ajudar, e muito! 

Isso acontece porque, ao perguntar ou pedir ajuda para os outros sem exigir comprometimento, você dá espaço para visões e opiniões mais livres. Uma conversa com alguém de outro setor, por exemplo, pode trazer muitas ideias. 

Nossa cultura de achar que pedir ajuda é “atrapalhar”, nos priva de coletar informações muito valiosas. Aposto que se você fizer o teste perceberá que, na maioria dos casos, existe abertura para te ouvir e te ajudar.

Quebre o desafio em etapas

Se você é do tipo que olha de forma ampla para o todo e se perde na solução, bem-vindo ao clube! E não que os detalhistas de plantão também estejam livres do problema. O desafio aqui é buscar o equilíbrio.

É muito comum sentirmos bloqueios quando precisamos resolver problemas de ordem complexa. Exemplos como: “criar a estratégia do negócio para o próximo ano” ou “desenvolver o conceito para o novo posicionamento de marca” podem causar um afastamento inconsciente, devido ao nosso receio de nos sentirmos incapazes.

Que tal começar a estratégia da empresa puxando os principais pontos críticos do histórico de vendas, por exemplo? Ou começar o conceito de uma campanha, coletando dados de satisfação ou feedbacks de clientes? Dessa forma, você consegue estruturar com mais facilidade um passo a passo e estipular etapas para resolver a “treta” maior.

Faça pausas 

Parece óbvio? Pois é, mas precisa ser dito. Aquele famoso (e tão aguardado) respiro que nosso cérebro precisa, muitas e muitas vezes, é deixado de lado. Seja qual for a situação que você enfrenta, dificilmente vai conseguir resolvê-la de forma plena sem uma pausa.

É como se o nosso sistema precisasse reiniciar para processar os dados. Então, por mais que a gente queira sentar na cadeira e só sair quando tiver algo “decente”, é importante respeitar essas pausas.

Vá lá! Algumas vezes não tem como fugir da situação emergencial. Se o prazo “berra” mais alto do que a qualidade, fazemos o que tem ser feito (e garantimos o pagamento dos nossos boletos). Mas se há espaço ou possibilidade de negociação para uma entrega melhor, experimente “respirar”, antes de se jogar de cabeça na execução.

Geralmente, é depois de “dar um tempo nas ideias” que a produção acontece de forma mais rápida e natural.

Seja menos crítico consigo mesmo

Tá aí outra dica que a gente escuta, mas no fundo tem dificuldade de colocar em prática. Não há como garantir uma entrega de excelência para tudo que fazemos na vida. E também, não é porque é trabalho que precisa sempre ser levado tão a sério.

Que tal antes de começar um novo projeto, relaxar um pouco, colocar uma música e pegar um café (sem açúcar, vai?). Ou que tal alinhar as expectativas consigo mesmo de vez em quando e baixar a “guarda” da autocobrança .

Experimente se colocar na posição de um leigo, que olha para esse tipo de problema pela primeira vez. Talvez você até perceba que o problema nem é tão grande e complicado quanto parece.

E lembre-se, seja no mundo da criatividade ou dos negócios, não existe apenas uma resposta certa! Então foque em escolher um caminho, faça pequenos testes e, se precisar, comece tudo de novo!

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