O que falta saber: os dois D's.
A Dimensão e a Duração, da crise económica que agora começou, são as grandes incógnitas que dificultam as decisões sobre o tamanho e a extensão das medidas de apoio necessárias para a ultrapassar.
Mas já é possível termos alguns dados que nos ajudam a ter alguma luz sobre aquelas incógnitas.
Olhando para a evolução de novos casos, parece que quer a Europa quer os EUA já conseguiram “achatar” a curva de evolução da epidemia. O aumento do número de novos casos apresenta agora crescimentos inferiores a 10% ao dia, já com o aumento do número de testes que todos os países implementaram.
A 1ª fase parece estar a ser ultrapassada com sucesso - depois da Ásia, também a Europa e os EUA conseguiram encontrar a melhor forma de conter a pandemia.
Esta 1ª fase, que implicou o “lockdown” da grande maioria das actividades, parece ter uma duração de 1,5 a 2,5 meses e um impacto forte na economia dos países - decréscimo da actividade em cerca de 60% a 70%.
É importante agora olharmos para o que vem a seguir - a 2ª fase - tendo presente que sem vacina ou sem um medicamento que cure a doença, teremos de viver um novo normal, diferente do que conhecemos até Janeiro.
Esta 2ª fase está já a ser implementada em alguns países (aqueles que já conseguiram um maior controlo da propagação da pandemia): países asiáticos e Austria (na Europa).
O que está e pode ser experimentado é um aliviar de algumas das medidas de isolamento com a manutenção de fortes medidas de higiene, uso de máscaras e outros equipamentos de protecção, desinfecção, testes, controlo de novos infectados e respectivas cadeias de transmissão (monitorização através do uso de tecnologia), particular atenção aos grupos de maior risco, etc.
Tudo isto, com o objectivo de se poder retomar gradualmente a actividade, possibilitando o reactivar das cadeia de produção e distribuição.
Pelo que se vê em países que têm esta 2ª fase mais avançada (China), a quebra na actividade parece estar entre os 20% e os 30%. A sua duração ainda é uma incógnita.
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