O que há de novo no novo reajuste da Petrobras
A pandemia causou uma forte turbulência no mercado de combustíveis. Só em 2021 foram 16 reajustes. Quando achamos que a calmaria estava chegando, vem mais outra crise mundial para deixar o mercado novamente em alerta.
Após 57 dias sem reajuste, na última quinta-feira dia 10/03, a Petrobras anunciou mais um aumento no valor do combustível.
Até aí nada novo se não fosse o motivo por trás desse reajuste, a guerra na Ucrânia. Segundo a estatal, esse novo reajuste precisou ser feito devido à alta do petróleo por conta da invasão russa à Ucrânia. Estamos falando do 3º maior produtor da commodity no mundo, a Rússia, que chega a produzir 10 milhões de barris por dia. E devido às sanções feitas por países europeus e, principalmente, os Estados Unidos como uma tentativa de conter o conflito, desde o início da invasão ocorrida em 24 de fevereiro, vimos o preço do barril ultrapassar a marca de R$130,00.
E como fica esse reajuste
Nas refinarias o aumento foi de R$ 0,61 na gasolina e R$ 0,90 no diesel. E olha que esse valor ainda está abaixo do PPI. Se seguisse a paridade à risca, o valor subiria pra R$ 0,83 a gasolina e R$ 1,17 o diesel.
Em alguns estados do Brasil como Bahia e Pernambuco, a gasolina está sendo vendida a R$ 8,20.
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E o gás de cozinha também ficou 16% mais caro. O GLP subiu de R$ 3,86 para R$ 4,48 o quilo.
O que esperar
A guerra entre Rússia e Ucrânia não mostra um desfecho tão cedo. Diante desse panorama, especialistas sugerem que o preço do barril pode atingir os R$ 200,00 resultando em mais aumento do combustível.
Na quinta 10 também foi aprovado no Senado o Projeto de Lei 11/2020 que propõe a adoção de um ICMS único para todos os estados, o que poderia frear o aumento nos combustíveis. Além disso, também há uma medida do auxílio-gasolina para motoristas de baixa-renda, mas isso pode demorar um pouco para entrar em ação, assim como ver o preço do combustível baixar, ou não.