O que importará ao final da vida?
Este é um assunto que tem sido utilizado por diversos vídeos, textos e livros que abordam a ideia de "sabedoria de vida". De que pessoas que estão ao final da vida, moribundos - os que são já muito velhinhos, ou porque tem uma doença terminal mesmo sendo mais jovens - acabam refletindo sobre o que realmente importa na vida e ensinando algumas lições preciosas.
Em geral, o que dizem essas mensagens? Que o sujeito ao final da vida a pessoa se arrepende do tempo que não ficou com amigos, que não gastou com filhos, se arrepende do que não contribuiu, não doou, que não celebrou a vida, que não viveu o aqui e o agora, que perdeu o seu tempo demasiadamente focado em construir coisas grandiosas ou em ganhar dinheiro, ou em ter prestígio ou sucesso e que não é isso que realmente importa na vida.
Cuidado com os clichês e os estereótipos. Aquilo que é o melhor para você e o que você vai se arrepender na vida depende de várias circunstâncias. Umas pessoas dizem "mas não é possível, as coisas não são tão radicais, eu não posso ter uma vida equilibrada? Eu não posso me empenhar, construir alguma coisa e cuidar do meu tempo e da qualidade de vida?". A má notícia é que não pode, a gente gostaria.
Frequentemente você vai ter que fazer opções. Muitas pessoas conseguem alternar fases da vida. Depois que eu conseguir certas coisas eu me dedico a outra. Raríssimas são as pessoas - e se você não for esse grupo não tente ser porque é menos de 1% - que tem uma hiper vitalidade. São hiperativos e conseguem fazer tudo ao mesmo tempo, mas isso tem muito de genética. A vida como ela é, é feita de várias opções.
Então o que é que importa no final da vida? Talvez o que importa mesmo no final da vida são duas coisas: a primeira é você ter uma versão otimista e boa da sua história. Desde que você possa se reconciliar com a sua história, e ter uma versão boa da sua história, você poderá morrer com mais paz, e mais harmonia e boas lembranças.
E por fim um dos elementos mais importantes para poder morrer bem e saber o que importa no fim da vida, é uma coisa que chama desapego. Poder se despedir de uma festa, das férias, de filhos que vão seguir a vida, se despedir de um casamento, dos ciclos, é uma grande capacidade humana. E aí ela é necessária para no fim da vida poder se despedir da vida. Quem tem a capacidade de desapego fará melhor.
São as duas coisas que possivelmente mais importam no final da vida: ter uma visão otimista da sua história e saber desapegar.