O que Madrid me ensinou sobre gestão de conflitos
No último fim de semana, aconteceu um dos grandes momentos do ano: o DeRose Experience Madrid. Foi um verdadeiro festival de boas experiências e conexões!
Tive o privilégio de partilhar um pouco sobre o projeto Beyond Words – Comunicação para a Gestão de Conflitos, do qual esta newsletter faz parte. Foi incrível estar rodeado de tantas pessoas empenhadas em crescer e aprender.
Contudo, algo muito simples acabou por me marcar profundamente. Talvez tenha passado despercebido para os colegas que me acompanhavam, mas, como dedico a minha vida a ajudar alunos e mentorados a navegarem pela vida com mais leveza, construindo relações admiráveis e gerindo conflitos de forma verdadeiramente diferenciada, houve algo que ficou em mim. Ainda mais porque envolve uma falha minha.
Quero partilhar algo que, infelizmente, vai ressoar consigo, mas que talvez não perceba no seu dia a dia: de forma geral, temos uma baixa autoperceção sobre quando estamos a invadir o espaço vital de outra pessoa.
Isto acontece, em primeiro lugar, porque somos naturalmente dispersos. E, em segundo lugar, porque vivemos muito focados em nós próprios.
A invasão do espaço vital é uma das principais causas de conflitos.
No DeRose Method, procuramos gerir os conflitos antes que estes escalem para confrontos. Não se trata de buscar perfeição ou "tornar-se santo", mas sim de reduzir a intensidade emocional desnecessária. Se antes, em 10 conflitos, havia explosões emocionais em 8 ou 9, com prática, conseguimos reduzir para 1 ou 2. E isso já faz uma diferença enorme.
Todos cometemos erros – eu também. Mas o que nos distingue é a vontade de errar menos e melhorar continuamente. São estas as pessoas que, muitas vezes, se tornam meus alunos. 😊
Na sexta-feira, tivemos um dia cheio: workshops incríveis com especialistas renomados e, para terminar da melhor forma, o lançamento do livro do meu professor e amigo, DeRose. Foi uma experiência tão enriquecedora que saímos de lá leves e entusiasmados, a brincar como de costume.
Já passava da 1h da manhã quando, no regresso a casa, atravessámos um túnel onde dois sem-abrigo dormiam. Estávamos a conversar e a rir, imersos na nossa leveza, mas, ao passar pelo túnel, surgiu a reflexão.
Apesar de termos o direito de conversar na rua, percebi que, na perspetiva de quem dormia ali, o nosso comportamento podia ter invadido o espaço vital deles. Talvez não os tenhamos acordado, já que falávamos num tom moderado, mas também não ajustámos a nossa energia ou volume a pensar neles.
Para nós, era apenas um momento divertido numa noite bem passada. Para eles, éramos estranhos a partilhar, ainda que brevemente, o espaço onde tentavam descansar.
Este momento marcou-me porque simboliza algo que acontece tantas vezes e é uma grande fonte de conflitos: a baixa autoperceção sobre o impacto que temos nos outros.
Como podemos aumentar a nossa autoperceção? Aqui ficam duas sugestões práticas:
Pequenos ajustes de atitude podem transformar profundamente a forma como nos relacionamos com o mundo à nossa volta.
Desejo-lhe uma excelente semana!
Global Vice President at DeRose Method. CFO at DeRose Meditation School
2 mQue lindo texto. Demonstra sua sutileza e cuidado com todos ❤️❤️
DeRose Method Connection: on-line, all over the world | Personal and professional mentoring | Mindfulness Design Programme | Focus on leadership and development of fruitful relationships
3 mImportante reflexão sobre a expansão da nossa capacidade de perceber o outro. Obrigada Eduardo Saldanha.
Soft Skills | Consultancy | DeRose Method
3 mQue reflexão nobre! Obrigada pela partilha! ❤️
Excelente percepção. Faz toda diferença. Parabéns pelo artigo. Adorei!