Nesse momento, estou num voo, voltando para casa, reflexivo, escutando um podcast que fala sobre “como desenvolver inteligência emocional”. Por que escolhiesse tema para ouvir? Além de gostar, achei que precisava de insights para aplicar no meu dia a dia. Quem quiser, posso dar dicas, mas o post não é sobre isso.
Enquanto escuto, estou pensando nas situações que vivi essa semana e quanto tenho aprendido a assimilar conhecimento do dia a dia do trabalho para traduzir de uma maneira prática para a vida pessoal e vice e versa.
Sem entrar no detalhe das situações, cheguei a algumas co-relações:
- Gestão de Pessoas: lidar com expectativas, desejos, culturas, hábitos e atitudes que possam ser motivadores ou gatilhos de frustração para as pessoas do time. Desde que me tornei pai, esse olhar ficou ainda mais evidente. Como ser transparente, jogar limpo, ditar as regras angariando as pessoas para o seu lado é fundamental para atingir os resultados. Uma das minhas sombras é perder a relação de confiança que tenho com as minhas filhas. E, levando para o trabalho, é o mesmo valor e significado que eu dou para as minhas relações. Apostar na relação de confiança para crescimento mútuo e entrega de alta performance.
- Insights humanos: já trabalhei com produtos desenvolvidos para “dona de casa”, “jovens adultos”, “para a massa”, “para o nicho”… e sempre ouvi falar de colocar o cliente no centro/ se colocar no lugar do cliente e ter empatia. Hoje eu consigo assimilar ainda mais esse tema. No sentido literal, não dá para se colocar no lugar do outro, pois não vai ter verdade. Eu não vivo aquela realidade, logo não consigo ter o sentimento que aquilo provoca. Mas, praticar uma escuta ativa, atenção sem julgamento de valor nos ajuda a entender o que é importante para o outro. Independente do que “eu acho”. Recente, me deparei com situações que pensei “não é possível que isso exista e que as pessoas gostam disso, comprem, colecionem, tatuem”. Quando falamos do fator indivíduo há muitas camadas que não vamos conseguir acessar. Portanto, consumer insights, deveria ser traduzido por “humans insights”. Estamos sempre falando de pessoas, que nem sempre dizem/ verbalizam o que está no inconsicente. Hoje, ter esse olhar de insights humanos, me coloca na postura de aprendiz, de esponja, de observador do outro. E, isso só tem melhorado minhas relações familiares, amigos e profissionais. Escute mais seus pais (mais velhos), seus filhos, a geração “in between” com a sua. Não julgue, compreenda primeiro, observe. Há muito que podemos aprender para nossas vidas e também melhorar profissionalmente nas entregas ao exercitar essa observação.
- Ensinar e Aprender: esse é um dos valores da Monster, atual empresa que trabalho e sempre levei como um valor pessoal. Eu já vivi e passei por algumas posições dentro do marketing (Business, Inovação, Comunicação, CX). Posso compartilhar experiências para contribuir com o desenvolvimento de projetos, profissionais pares, meu time, equipes multifuncionais. Mas a sensação de sentir-se vulnerável, fora da zona de conforto é algo inexplicável. Por isso, sempre topo desafios. E, estímulo à todos a experimentarem essa sensação. Na semana passada, durante um workshop me deparei com a frase que resume bem a importância disso: "A zona de conforto é boa, mas de lá não nascem novos frutos".
- Comunicação Assertiva: dar exemplo de como ter que dizer um benefício e um "pitch" nos ajuda a otimizar nossa rotina. Com os filhos, esposa, colegas de trabaho. O tempo é o recurso mais valioso que temos. Nosso recurso e também é do outro. Então, pense nisso ao fazer algum discurso. Não é sobre você, sobre o seu ego… é sobre a audiência, plateia, entendimento e o que o que você tem a dizer vai impactar o outro - seja numa decisão, num ponto de influência ou apenas informativo.
- Lidar com a Ambiguidade: eu aprendi essa competência há alguns anos quando trabalhei na Kraf Foods (atual Mondelez). Lá usávamos as competências do Lomminger para trilha de carreira. E, isso me acompanha até hoje. O mundo VUCA (ou seja lá qual é a sigla que estamos falando atualmente) é a realidade constante de como temos que tomar decisões. Seja na busca de uma escola para as minhas filhas ou numa tomada de decisão de investimento financeiro, sempre há prós e contras e mudanças ao longo do caminho. A importância é como você pondera e lida com essas mudanças sem perder o timing. É fácil? Para mim não é mas vejo isso atingindo uma geração de novos profissionais que ao se deparar com o ambiguo, ficam sem ter o famoso "jogo de cintura, poder analítico/ racional e paralizam ou ficam acumulando ansiedade e frustração". Se eu pudesse dar uma dica de desenvolvimento seria treinar essa musculatura do cérebro
Deixo aqui minha reflexão, sem intenção, sem objetivos mas trazendo a possibilidade de geração de insight para a rede. Demorei bastante para elaborar sobre tudo isso que estava passando na minha cabeça e pode ser algo que esteja pairando por ai também.
Novos pontos de vistas são bem vindos!
CEO na UPMARKET AG. 🇧🇷🇺🇸 Copa Paulista de Futevôlei ⚽️
1 aSensacional!!! 👊🏻💥👊🏻💥👊🏻 mta resiliência tbm.
Negócios, Projetos, Estratégia, Planejamento, Liderança, Gestão e Melhoria de Processos
1 aBela reflexão, obrigado por compartilhar! Ultimamente ando pensando e “preocupado” a respeito das “IA’s”. Me fez pensar que é nesse terreno do “pensar, sentir e agir” que nós humanos nos diferenciamos das “Inteligências Artificiais”. Os algoritmos e as ferramentas de IA que estão surgindo e inovando, aceleram a velocidade de entrega de algumas tarefas, e atividades, podem nos ajudar a solucionar alguns problemas, mas ouso dizer que a barreira homem máquina é o quesito emocional/emoções, máquinas não sentem (por mais parametrizadas que elas estejam), assim, o ser humano é imprescindível para fazer a leitura, e posteriormente, liderar, motivar, engajar; bem como, ter essa percepção e empatia dos times e de como o outro pensa e reage… espero que essa minha visão não seja miope 🤓😁
Gerente de Desenvolvimento Comercial na Monster Energy com expertise em vendas estratégicas
1 aExcelente Marcio Avólio. Muito Obrigado!
Trade Marketing & Sales | Monster Energy
1 aExcelentes reflexões, Marcio!!
Marketing Analyst at Yamaha
1 aMuito boa reflexão Marcio!