O que a pandemia revelou sobre a educação online
Nos últimos anos, preocupações sobre a evolução da educação tem aumentado. Tanto na educação acadêmica quanto na corporativa, busca-se cada vez mais o "próximo passo", a próxima inovação, que facilite o desafio da constante passagem de conhecimento.
Mesmo que imagens comparando salas de aula de 50 anos atrás e as salas atuais já tenham se tornado praticamente clichê, esse tipo de questionamento não tende a diminuir tão cedo. Avanços incrementais na forma como transmitimos conhecimento acontecem a cada dia, mas grandes transformações ainda não tiveram sucesso em se estabelecer em larga escala.
Com a chegada da pandemia de 2020, a curva de adoção por novas tecnologias educacionais tomou proporções que não haviam sido consideradas nem nas estimativas mais agressivas. Ainda assim, o momento é de muita adaptação, desconforto e, principalmente, aprendizados.
Considerando o cenário atual e seus recentes aprendizados, cabe uma reavaliação do possível futuro da educação. Para isso, vamos estabelecer uma base comum de premissas:
- Nem todo mundo se identifica com o modelo atual de aulas online. No caso de crianças mais novas, uma aula online entra em concorrência direta com canais de YouTube que otimizaram para engajamento durante anos, porém sem o mesmo cuidado acadêmico que as escolas.
- No caso de alunos em fases mais avançadas, o que já permite a realização de exercícios online, o ambiente responsável por promover essa troca de conhecimento comumente fica aquém de expectativas. A redução de proximidade entre professor e alunos dificulta ambos os papéis, tornando mais difícil a tiragem de dúvidas pontuais, além de dificultar a leitura dos alunos por parte do professor.
- Mesmo que os desafios dos pontos 1 e 2 fossem completamente vencidos, se chegaria no mesmo formato atual, uma educação centrada em linhas de produção, com gabaritos e uma forte hierarquia. Aspectos esses conhecidos como grandes inibidores de criatividade.
Com base nessas premissas, para onde a educação deverá caminhar? E, mais que isso: Quais as principais oportunidades atuais do mercado em questão?
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