A (r)evolução digital do ensino
Você quer saber qual será o futuro da educação brasileira? Então comece a pensar em duas palavras-chave: qualidade e inovação.
Um dos desafios para o desenvolvimento do país é a educação. Nas décadas de 1990 e 2000 vencemos o desafio do acesso à escola e hoje mais de 95% das crianças em idade escolar estão em sala de aula. Entretanto, ainda temos dois grandes desafios a vencer, a qualidade de ensino e o que chamamos de sucesso escolar, que significa a conclusão dos estudos até o fim do ciclo educacional. Infelizmente, no Brasil, de cada 100 estudantes que ingressam no ensino fundamental, 90 o concluem; 75 iniciam o ensino médio e apenas 57 o terminam; apenas 14 começam um curso de graduação e somente 7 conquistam o diploma de ensino superior. Ou seja, muita gente fica pelo caminho.
Com isso, a taxa de penetração líquida de alunos entre 18 e 24 anos no ensino superior é de apenas 15%, uma das mais baixas da América Latina e a 2ª menor entre 36 países pesquisados pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A urgência desse tema merece reflexão e é preciso investimentos sólidos na área, com iniciativas criativas que estimulem a formação e cativem os estudantes do berçário à pós-graduação, presencialmente ou a distância. Grande parte do problema está relacionado à gestão, especialmente do sistema público de educação em nível básico, mas a tecnologia pode ser uma grande aliada para mitigá-lo.
Em 1913, Thomas Edison acreditava que um dia seria possível repassar todo conhecimento por meio de filmes, prevendo que talvez os livros ficassem obsoletos nas escolas. Desde o início da década de 1970, visionários do Vale do Silício já propagavam que suas invenções mudariam as salas de aulas e os ambientes de trabalho. Por décadas o mundo usou expressões como “revolução educacional”, mas essa revolução ainda não ocorreu. Isso significa que as previsões estavam erradas? Não parece ser o caso. Há uma revolução silenciosa ocorrendo nas salas de aula, uma onda de inovação tecnológica disruptiva que está reformulando o que consideramos modelos tradicionais de ensino e aprendizado.
Os consumidores da geração conectada (millenials), de maneira praticamente orgânica, sempre utilizaram o computador para fazer pesquisas, redigir trabalhos e buscar entretenimento. Se você não pertence a essa época, talvez já questione ao seu filho, sobrinho ou neto como é possível aprender em um game para tablet, em um aplicativo de matemática ou software de idiomas. Já imaginou tirar uma foto de uma planta e conhecer toda biologia microscópica dela?
Se um dia a educação partiu de um modelo convencional no qual a técnica deveria servir para todos igualmente, em que a função do professor era basicamente ensinar temas para uma turma de maneira unilateral, hoje as tecnologias transformaram a educação em uma abordagem mais acessível, colaborativa, sob demanda e personalizada. Cada pessoa pode aprender em uma velocidade diferente, por meio de plataformas educacionais adaptativas, que tornam a vivência escolar mais completa.
E o professor perde importância nesse contexto? Não, pelo contrário. O professor assume um papel ainda mais relevante, de mediar o processo educativo, fazendo a problematização dos conteúdos e ajudando o aluno a construir o conhecimento. E a promessa de alcance é brilhante. Cerca de 50% das crianças de 6 a 9 anos e 75% dos jovens já navegam na internet, tendo o estudo entre os três principais objetivos de uso. A tecnologia tem um potencial educacional gigante e as novidades criadas por meio dela estão longe de parar. E, contrariando os mais céticos, pode ser uma aliada – e não a vilã – para combinar metodologias clássicas de ensino, capacitar professores, garantir eficiência e melhorar a qualidade, mudando o cenário do sucesso escolar brasileiro.
O conhecimento não está mais restrito apenas ao espaço físico das escolas e universidades. Por exemplo, instituições renomadas ao redor do mundo já aderiram à oferta de cursos online, em plataformas diferenciadas, e até com acesso gratuito, como é o caso do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e da Harvard University, fundadores da edX, ferramenta que reúne importantes parceiros internacionais e adota o conceito de excelência para todos no universo virtual.
A tecnologia sozinha não resolverá todos os desafios de qualidade do ensino brasileiro. Afinal, sem mecanismos de gestão adequados, especialmente no sistema público, nem mesmo é possível implantar com eficiência as soluções tecnológicas disponíveis. Entretanto, ela pode, sem dúvida, colaborar para mitigar o problema, ajudando a aumentar a qualidade do ensino, contribuindo na diminuição da desigualdade social, colaborando com o incremento da produtividade e o desenvolvimento econômico e social do país.
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Com o meu pai, aprendi que a educação podia ser um negócio e uma paixão. Com minha mãe, aprendi que a educação deveria ser uma paixão, antes de ser um negócio. Depois de 26 anos de experiência e hoje atuando como presidente da Kroton, um dos maiores grupos educacionais do mundo, pensei em compartilhar por meio do LinkedIn Influencers um pouco da minha paixão por educação.
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Sobre a Kroton
A Kroton é uma empresa brasileira com quase 50 anos de tradição que se tornou referência mundial no setor da educação pelo valor de mercado e pela quantidade de alunos. Inovadora e líder no desenvolvimento e aplicação de tecnologias educacionais, a companhia tem um modelo de negócio abrangente que atende a vários segmentos do ensino no país, desde o maternal até o mestrado e o doutorado profissionais.
Na educação básica, a Kroton atua com a Rede Pitágoras, uma área de negócio responsável por fornecer sistemas de ensino a 245 mil alunos, de 713 escolas associadas, em todo o Brasil, que compreendem material didático, serviços de treinamento, avaliação e tecnologia educacional. No ensino superior, o grupo possui mais de um milhão de alunos matriculados nas 130 unidades e mais de 700 polos de educação a distância. Com a LFG, a Kroton atua no segmento de cursos preparatórios para concursos públicos e OAB.
Como investimento social, a companhia mantém a Fundação Pitágoras, uma organização sem fins lucrativos. Criada com o objetivo de desenvolver e transferir tecnologia de gestão educacional, a fundação capacita profissionais para melhorar o desempenho de alunos da educação infantil e do ensino fundamental em instituições públicas e privadas.
A Kroton estimula a realização de projetos com impactos sociais, ambientais e econômicos, seja no âmbito corporativo ou educacional. O padrão de governança corporativa da companhia permite o desenvolvimento de processos que colaboram com a tomada de decisão ágil, dinâmica, responsável e sustentável.
Head of Google Workspace for Public Sector, Latin America
6 aEstou lendo a matéria com um pouco de atraso, mas faz total sentido. Tecnologias não só para fora da sala, como pra dentro, também serão um medido importante para entender o motivo de desempenho do aluno. Ter a capacidade de medir o interesse do aluno durante as aulas será bastante rico para que consigamos intervir em uma possível desistência de estudo dele.
CEO e Diretor Geral na Sou Associado com expertise em Novos Negócios
7 aMariana de Freitas Fornazier
Conferencista sobre consciência vibrações e frequência
7 aBela matéria Rodrigo. Precisamos conversar, convergir nossas expertises. Já pensou em implementar web rádios e web rv na educação? vamos conversar a respeito?
Eu sou uma sonhadora. E realidade e outra. Para quem não vê com Deus próprios olhos não acredita. Mas vai em uma Escola pública. Falta tudo.
Aliás duas em uma..como se tivessem uma sociedade.