O que pode dar errado? Qual o risco de não conseguirmos?
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O que pode dar errado? Qual o risco de não conseguirmos?

Para responder as duas perguntas acima, vou usar uma frase bastante conhecida: ”O Pessimista vê Dificuldades em cada Oportunidade; já o Otimista vê Oportunidades em cada Dificuldade” (autor desconhecido). Agora, observe bem a imagem de capa deste artigo e responda: Como você vê um copo com água até a metade? Ele está meio cheio ou meio vazio? Até o final do texto talvez você mude a sua resposta.

Observe que as perguntas do título deste texto por si só já nos remetem ao fracasso. Entendo que a melhor forma de construí-las seria: “O que pode dar certo?” e “Qual a melhor forma de obtermos sucesso?” Para isso damos o nome de PENSAMENTO POSITIVO!!!  Já li vários livros e artigos que exploram muito este tema. Alguns até falam que pensamentos NEGATIVOS têm seu lado positivo (??? ). Será?

Vamos aos fatos: Pense em qualquer coisa. Numa casa de praia, por exemplo. Imagine-a pintada de branco, com janelas amarelas e cercada por um terraço com escadas que levam à areia branquinha da praia. Sinta a brisa do mar em seu rosto e o cheiro de mar entrando por suas narinas...

Nos 10 segundos que você levou para chegar até aqui, uma avalanche de sinais nervosos ocorreu no seu cérebro. Milhares de neurônios foram acionados e trocaram informações em frações de segundo. Arquivos de memória foram vasculhados e, sem que você pudesse controlar ou prever, a imagem de uma casa surgiu em sua mente. Por isso, você deve ter sentido um bem-estar, uma vontade de possuir essa casa de verdade.

Em nossa cabeça ocorrem milhares de outros processos. E esse que você acabou de perceber é o que podemos chamar de pensamento positivo, uma idéia que vem ganhando força no mercado literário. Basta ter uma atitude otimista para atrair o que deseja. Dinheiro, amor, saúde e sucesso. Qualquer coisa pode estar ao seu alcance se você pensar positivamente, com firmeza, dizem os autores de auto-ajuda.

Um dos primeiros estudiosos a falar sobre o assunto, Norman Vicent Peale, autor de O Poder do Pensamento Positivo, em 1952 já dizia: “Mude seus pensamentos e você mudará seu mundo”. Hoje, a lista de livros que ensinam a usar os poderes da mente é quilométrica. Há o médico indiano Deepak Chopra (As Sete Leis Espirituais do Sucesso), o casal de videntes Esther e Jerry Hicks (Peça e Será Atendido), a palestrante motivacional Sandra Taylor (A Ciência do Sucesso), apenas para citar alguns deles. Basta ir a uma livraria e se deparar com milhares de títulos e autores que exploram excessivamente essa questão.

Mas afinal; Pensamento Positivo funciona mesmo? Parece que sim, mas nem sempre. Há pesquisas comprovando que ele facilita conexões no cérebro, outras dizendo que os efeitos param por aí. A grande questão, porém, não é saber se dá certo ou não. O pensamento positivo pode até nos ajudar a conquistar objetivos, mas nos afasta de uma vida realmente feliz. Além disso, para coisas bem importantes do mundo de hoje – as leis, a política e a sua felicidade –, o que traz resultados mesmo é o genuíno pessimismo, o mais declarado sentimento de que isso não vai dar certo.

Vamos supor que você quer economizar para comprar algo que quer muito. Pensa positivo, trabalha e consegue. Legal, não? Pelo menos por um instante. Depois, é muito comum cairmos no ciclo de desejo e frustração que foi descrito pelo filósofo Arthur Schopenhauer: desejamos, conseguimos, nos entediamos, percebemos que a vida segue como sempre e partimos para outro desejo. Para o filósofo alemão, objetivos são apenas modos de esconder a dor de viver e a falta de sentido na vida. Quando realizados, deixam de ter importância. “São dessa natureza os esforços e os desejos humanos que nos fazem vibrar diante de sua realização como se fossem o fim último da nossa vontade; mas, depois de satisfeitos, mudam de fisionomia, esquecidos ou relegados, colocados de lado como ilusões desfeitas.” Para fugir do ciclo de vontade e frustração, Schopenhauer, conhecido como “filósofo do pessimismo”, sugere que as pessoas deixem de dar tanto valor a desejos cotidianos. E que aceitem que sofrer não só faz parte da vida como dá sentido a ela: o grande desafio da nossa existência seria aprender a lidar com o sofrimento.

Não pense que esse ponto de vista deixa a vida mais difícil. Pelo contrário. Os pessimistas se cobram menos e dormem melhor. Já a auto-ajuda baseada no otimismo tem o efeito oposto. Você já deve ter topado com livros que ensinam a enxergar o mundo de forma mais alegre ou com aqueles cds para repetir, 80 vezes por dia, “eu posso, eu consigo, eu penso positivo”. A idéia é nos fazer acreditar que podemos ultrapassar qualquer barreira, conquistar qualquer objetivo por esforço próprio – e muita gente de fato consegue. O problema é que, quando se descobre que nem sempre é assim, muitos acabam em pânico. Pânico de verdade – e também ansiedade e insônia. Segundo o psiquiatra e psicanalista Mario Eduardo Costa Pereira, professor da Unicamp e autor do livro Psicopatologia dos Ataques de Pânico, uma vítima comum desse tipo de distúrbio são mulheres bem-sucedidas e perfeccionistas. Desde cedo, elas aprenderam a se virar sozinhas. Quando se deparam com uma limitação, sofrem crises horríveis. O melhor jeito de evitar esse problema? Jogando fora os livros de pensamento positivo e admitindo nossa condição de finitude, nossas fraquezas e limitações.

– Mas então é errado pensar positivo e lutar para que o mundo seja um lugar melhor?

Não! É normal querer melhorar o mundo – só que o jeito mais eficiente de fazer isso é com pessimismo. Ele está na raiz de todas as coisas que garantem uma boa vida hoje em dia. Para garantir paz a seus cidadãos, a defesa militar de um país precisa levar em conta o pior cenário de guerra. O sistema político que mais assegura a democracia é o que divide direitinho o poder entre o Judiciário, o Legislativo e o Executivo, prevendo que um vai querer cortar as pernas do outro. Uma boa lei também pressupõe as piores ações e os piores sujeitos. Como disse o dramaturgo americano David Mamet num artigo publicado este ano, a Constituição dos EUA funciona espetacularmente bem porque “em lugar de sugerir que nos comportemos todos como deuses, reconhece que as pessoas são porcos e aproveitarão qualquer oportunidade que lhes aparecer para subverter qualquer pacto, visando a defender o que consideram ser seus interesses próprios”. Na verdade, existe aí um motivo para ser otimista. Se pensarmos sempre negativamente, se desconfiarmos sempre do nosso caráter, talvez exista uma possibilidade, mesmo que bem pequena, de as coisas darem certo.

- Então podemos entender que o Pensamento Negativo tem mesmo o seu lado Positivo?

Pela teoria acima sim. Mas eu prefiro seguir pensando em coisas boas para a minha vida e lutar contra tudo e todos que tentem atrapalhar isso. Aí está o cerne da questão: Pensamento Positivo para viver e Pensamento Negativo por acreditar que sempre tem alguém querendo puxar o meu tapete.

E agora, como você vê o copo com água até a metade? Durante muito tempo fui induzido a enxergar a metade do copo cheio. Mas aprendi que com essa visão entraria para o time dos acomodados. A metade vazia é que importa, pois temos a oportunidade e o desafio de preenchê-la.

Pense nisso!!!

Orlando Freitas Neto

OOOOOOOOOO THe Best Boss In The Word... Bem, acho que não poderia eu, começar por algo que descreve muito, ou melhor tudo... O contraditório e o erro, sem esses dois DETALHES o copo cheio não existe... enquanto não houve o erro concretizado, tem maluco pulando do prédio em copo vazio e dizendo era viu piscina...

DOUGLAS DANTAS MUNIZ

CONSULTOR DE TREINAMENTOS NA FOCUS CONSULTORIA,TREINAMENTO E SERVIÇOS

9 a

Muito bem Orlando,artigo excelente com indagações filosóficas importantes, mas siga sempre o otimismo, o cérebro é burro aceita tudo, usar o poder da autosugestão positivamente cria em você crença valiosa.Lembre-se somo o que pensamos ser. O caminho para o sucesso das pessoas é utilizar seus potenciais cerebrais através técnicas e exercicios, estudo neurociência, irei publicar brevemente alguns artigos.Continue escrevendo assim, vamos somar e multiplicar os conhecimentos.

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