O real problema da economia, na visão de um executivo do setor produtivo.
 

O real problema da economia, na visão de um executivo do setor produtivo.  

O real problema da economia, na visão de um executivo do setor produtivo.

 

 A todo dia, lemos artigos escritos por economistas, afirmando que as reformas salvarão o Brasil. Não tenho dúvidas desta afirmação, com o condicionante, que primeiro o país tem que ter futuro e consiga a sobreviver até o momento que as reformas tiverem efeito prático, ou seja, lá para 2025. Segundo é preciso livrarmos destes vampiros que assolam a política e gastam mal ou simplesmente desviam a poupança do governo para suas contas bancárias. Não parece uma coisa fácil de acontecer, principalmente neste momento de incertezas, onde o governo é acuado por todos os lados e começa a usar meios ilícitos como a mais nova acusação feita pela revista Veja. Economistas focam na questão da poupança pública, ou seja, no gasto do governo, como componente para baixar a inflação e permitir que juros básicos dos títulos público caiam a níveis internacionais e assim toda a roda da economia começaria em um novo ciclo virtuoso. O problema é que a poupança privada se esvaiu e hoje vemos milhares de empresas quebrando e um desemprego massivo, que junto com a ociosidade do setor privado gera uma diminuição substancial na formação bruta de capital fixo, ou seja, investimento. A razão para isto, não tem ligação direta com a questão das reformas, mas com os spreads cobrado pelos bancos, os maiores do mundo civilizado, e a falta de linhas de crédito. Como bem disse Bem Bernanke, ex-presidente do FED americano, sem crédito a economia para. Na Europa, Japão e US os governos compraram bonds de empresas (debentures) para capitaliza-las, nacionalizaram empresas, tudo para evitar a quebra e o aumento do desemprego. No Brasil, dominado por banqueiros, o Ministro da Fazenda só fala de reformas em um momento que a situação política do país é catastrófica. Se o Brasil fosse uma empresa, comandada por um executivo, provavelmente enquanto o Ceo e o Conselho se preocupassem com a questão das reformas, o financeiro trataria da gestão dos spreads e falta de crédito. Infelizmente para nós, não estamos conseguindo nem um, nem outro e a situação continua a piorar. Dizem que saímos da recessão e crescemos 1% no 1º trimestre, mas esquecem de dizer que mudaram a forma da pesquisa e fomos salvos pela agricultura que representa somente 20% do PIB e trabalha com juros descentes e credito. Entretanto, a maior parte do PIB é composta por serviços 70% e ainda temos a indústria com 10%, onde diferente da agricultura, não tem juros subsidiados e nem crédito novo. Portanto sem ativar serviços e indústria, que dependem de demanda e crédito, não iremos sair da crise. Sem uma mudança de atitude deste ou outro governo, não conseguiremos sequer sair de uma estagnação duradoura e isto meu amigo é o caos!!

GDP= C + G + I + (Export - Import)

C= people expenditure

G= government expenditure

I= Investments

100 = 70 +20 + 15 + (15-20) USA

(-5) is necessary to equilibrium of GDP of 100

I = ((GDP - (C-T)) - (G+T) + (import - export)

Investment = Private saving + government saving + foreign saving

T = tax

Investment in USA = private saving in USA - Budget deficit of Government + foreign saving (bonds of American government)

Pela formula acima, da para ver que diferente dos US onde a poupança privada é positiva e a poupaça pública é negativa e o país é salvo pelo défict comercial que outros países como o Brasil convertem em Bonds americanos, com juros as vezes negativos, ou seja, pagamos para investir e ter segurança. No Brasil a poupança privada está negativa, com altos spreads bancários e falta de crédito, a publica esta negativa com a alta taxa básica e desvios de políticos  e a balança comercial alivia mais é insuficiente porque os títulos da dívida pública custam muito para o governo, que paga os maiores juros do mundo, aí sim taxa básica.

Leonardo Arruda

Diretor Executivo | General Manager | Diretor de operações

7 a

Verdade Walter Beraldo! As reformas são necessarias, o controle de gastos e a sua adequada priorização é vital para gerar poupança, mas sem uma política assertiva de créditos para reabilitar a indústria tem seu efeito comprometido. Na minha visão deveríamos estar agora discutindo como alavancar este capital, sobretudo do setor privado (através do credito, estimulando a produção, ganhos de escalas, maior eficiência e repasse para preços, estimulando o consumo) e da redução dos elevados spreads bancários, direcionando o capital especulativo para a produção e infraestrutura. Parece simples, mas infelizmente falta boa vontade (ou será capacidade?) política nesse país. Espero que isso possa mudar rapidamente, ainda temos tempo de mudar o curso da história!

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