O risco da frustração com a transformação Ágil
Tenho um sentimento que há um grande risco nas transformações ágeis e digitais dentro de diversas companhias nas terras tupiniquins.
Pra começo de conversa, transformação digital e ágil são apenas correções de débitos técnicos que foram evidenciados pelo advento das startups no mercado nacional, empoderar as pontas para aumentar a capilaridade no processo de validação de hipóteses sem ter que passar por diversas cadeias organizacionais desencadeia numa capacidade maior de produtividade e assertividade nas iniciativas exploradas dentro das companhias.
Já sobre ter um ambiente nativamente digital e com débitos técnicos corrigidos é pré requisito para escalar qualquer tipo de solução tecnológica e desenvolver a maturidade tecnológica dos times.
Ainda da pra citar diversos outros fatores como o aspecto cultural, representatividade e responsabilidade social que precisam ser latentes dentros das companhias que procuram a famigerada TRANSFORMAÇÃO.
Me atendo ao título do texto, minha principal preocupação se trata de uma possível frustração gerada dentro das companhias por um processo de transformação focado exclusivamente em escalar volume de entregas e que não toca nas camadas estruturais das companhias.
Ja repararam quantas vagas de Scrum Master, Agile Coach, P.O , P.M e diversas outras encontramos atualmente no Linkedin? Sem falar das áreas de inovação que surgem com a premissa de ter gente diferentona trabalhando buscando soluções criativas e inovadoras, triste ... muito triste!
O aspecto metodológico sem sombra de dúvidas é importantíssimo, escalar métodos e otimizar a produtividade sempre será uma questão importantíssima, mas será que isso é suficiente?
Me questiono pois uma das premissas da transformação é alterar estruturalmente as companhias para empoderar as pontas, visando capilaridade nas experimentações e validações de hipóteses, se focarmos exclusivamente no cunho metodológico e processual corremos o risco de transformar pra ter maior produtividade em criar soluções que não encantam e não agregam valor aos potenciais e já existentes clientes, isso a médio prazo pode ser o estopim para uma frustração que pode drenar o poder da tão sonhada transformação.
E, você, o que pensa sobre isso? Se quiser ... comenta aqui embaixo.
Liberto líderes dos tabus organizacionais 🔓 | Chief People Officer | Mentora | Autora da News Honestidade Radical | Host no People Tech | Conectando pessoas e tecnologia para mudar a vida das pessoas. 🚀
4 aNecessário e certeiro, Natan! A transformação, de fato, precisa ser muito maior e mais profunda. Muitas empresas ainda estão nesse aprendizado!
Senior Information Technology Specialist na @Amil | KMP | Agile Hacker | Scrum Master | Product Owner
4 aEm poucas palavras se quem for viver a transformação e não seguir ou se atentar aos princípios e valores do manifesto, viverá algo passageiro e perturbador no futuro.
O mundo corporativo tem uma dificuldade enorme em mexer com suas estruturas de poder internas. Times de produtos (ou "stream-aligned teams" como visto em "Team Topologies") são uma manifestação real de estruturas matriciais (sobre as quais falamos já há décadas), mas o típico arranjo hierárquico corporativo tem alergia à produtividade. Ao misturar a necessidade inquestionável de inovar com a inércia tragicômica do processo decisório corporativo temos o caldo primordial de onde brotam "coaches ágeis", "transformação digital de palco" e as consultorias prestadas pelas "bigs" de sempre que não têm a menor ideia do que estão fazendo.
CTO at SiMCo Healthcare | Tech Advisor
4 aNatan, o ponto é que as metodologias e as próprias tecnologias são apenas o "como" da mudança! Precisamos ajustar o "porquê". Tem que ser para as pessoas, pelos clientes, pela sociedade! Você escreve muito bem, continue! Abs.
Head de Produtos Digitais | Líder de Produtos Digitais | GPM | PM | PSPO®, ITIL®, COBIT®
4 aSem transformações estruturantes, a "agilidade" acaba sendo mais do mesmo. Por isso a enxurrada de vagas. E tem outro ponto, podem haver empresas que vão navegar nessa onda sem mesmo ter definido o propósito claro para toda a mudança.