O segredo da Genialidade
Um professor de matemática, cansado de ouvir os alunos reclamarem que os "einstens"tem um cérebro avantajado e, por isso, são mais inteligentes que meros mortais, resolveu investigar o que a literatura científica diz sobre o assunto.
Esse professor é Brian D. Burrel, da Universidade de Massachussets, e seu artigo pode nos ajudar a descobrir o segredo da genialidade.
Há duzentos anos, alguns estudiosos tentam descobrir como é o cérebro de um gênio. Eles coletam "encéfalos ilustres" assim que seus donos falecem para análise de sua anatomia. Um caso famoso é o cérebro do físico alemão Albert Einstein.
" Se ele é um gênio, então seu cérebro deveria ter uma forma diferenciada dos demais mortais", deve ter pensado o patologista de plantão, Thomas Harvey, que decidiu, por conta própria, remover o encéfalo de Einstein horas depois de sua morte.
Vários especialistas analisaram as amostras naquela época. Mas nada de anormal foi encontrado.
Trinta anos depois, uma cientista encontrou diferenças em alguns setores da anatomia cerebral de Einstein, indicando que o físico usava determinadas partes do cérebro mais intensamente. A imprensa alardeou. Outras pesquisas se seguiram. No entanto, todas apresentaram falhas metodológicas semelhantes. A conclusão é de que o cérebro de Einstein está dentro dos limites normais, e em alguns aspectos é até deficiente.
E o segredo da genialidade não foi descoberto ? Sim, foi, e faz tempo.
O segredo se chama muita dedicação e trabalho duro. Einstein não tinha um cérebro avantajado; anormal era seu esforço. Ele, inclusive, não foi bem no colégio nem nos exames vestibulares, mas declarou enfaticamente que as dificuldades o fizeram se esforçar mais do que as outras pessoas, sempre mantendo o foco e a esperança. É a tenacidade que desenvolve o cérebro e o torna fisicamente diferente dos demais. A genialidade está baseada num esforço incansável.
Uma vez revelado o segredo, os alunos do Profº. Burrel que não quiserem se esforçar vão ter de desenvolver sua anatomia cerebral para arrumar uma outra desculpa que justifique notas ruins nas provas de matemática.
TC.nº571 - Cronicas