O segredo oculto das elevadas produtividades de soja
Esta semana estive avaliando o desenvolvimento radicular da cultura da soja e tirei uma foto para mostrar a importância de um sistema radicular bem desenvolvido. Nesta foto, estamos conduzindo um estudo em casa de vegetação onde as condições são ideais para o desenvolvimento radicular. Assim, notem o potencial de desenvolvimento radicular que temos na cultura da soja ainda nos estádios vegetativos.
A pergunta que eu faço é: Porque a nossa soja no campo não tem um sistema radicular tão profundo e bem desenvolvido?
A agricultura tem evoluído e parece que o básico tratamos de forma secundária, deixando a responsabilidade a cargo da natureza. Além do manejo correto do solo reduzindo compactação, temos que pensar em soluções que visam não só a parte aérea da planta, mas em um desenvolvimento radicular que sustente a produtividade esperada e arquitetada pela parte aérea.
Por vezes, usamos alta tecnologia no solo, mas a “boca da planta” não é suficiente para a absorção dos nutrientes. Da mesma forma, plantas que têm um desenvolvimento radicular superficial, ficam mais sujeitas aos veranicos que acontecem ao logo da safra, tendo grande quebra de produção.
O desenvolvimento radicular deve ser estimulado desde a germinação da semente. Assim, teremos maior absorção de água e nutrientes, que vão dar aporte ao processo fotossintético, produzindo mais fotoassimilados que serão utilizados na florada e enchimento de grãos, resultando em maior produtividade.
Na cultura da soja, outro ponto que devemos levar em consideração é o estímulo à fixação biológica de nitrogênio (FBN). Não só a nodulação mas à atividade dos nódulos. A pesquisa mostra que para a FBN ocorrer de forma eficiente, é fundamental a disponibilidade de cobalto (Co), molibdênio (Mo) e níquel (Ni) no interior dos nódulos para as bactérias diazotróficas. Mas este é assunto para um próximo texto.
Por fim, você já sabe, mas não custa lembrar: O desenvolvimento radicular está em grande parte associado ao manejo do solo e ao estímulo que damos à nossa semente desde a germinação resultando em elevadas produtividades e maior retorno do capital investido.
Grande Safra a todos!
Engenheiro Agrônomo - Consultor - Palestrante - Física do solo - Fitotecnia - Fisiologia da Produção - Estruturas agrícolas
6 aTudo uma questão de escala. Estamos desenvolvendo produtos que estimulan o crescimento radicular. Porém há uma falta de conhecimento nesse setor, no que diz respeito ao que se deve entender desse processo. Quando falamos em raízes a campo, temos que levar em conta a barreira física que deve ser vencida por esse órgão. Para isso os dados de resistencia a penetração e ao cisalhamento do solo são fator principal para entender o processo. Uma resistencia de 3 MPa, simplesmente diz que uma raiz necessita imprimir uma força de penetração, superior a 30 Kg/cm2 de solo. Forças cisalhantes ou Cortantes de solo, depende do ângulo interno das partículas, porém podem passar de 3 MPa. São essas informações as mais importantes para entender do porque os resultados são muito diferentes em casa de vegetação do que no campo.
Engenheiro Florestal | ESG | Manejo Florestal Sustentável | Cadeia de Custódia da Madeira l Supressão Vegetal
6 aRenam Reis S. Nascimento Davi Amorim De Souza
Engenheiro Florestal | ESG | Manejo Florestal Sustentável | Cadeia de Custódia da Madeira l Supressão Vegetal
6 aExcelente
Agricultural engineer with experience in commodities market and Salesforce implementation
6 aPost mto legal Rafa!!
Engenheiro Agrônomo
6 aExcelente artigo Rafael Butke Baptista