O seu RH está alinhado ao negócio da empresa?

“Conte-nos sobre o seu negócio”.

Essa é uma boa ideia para se iniciar uma conversa com o gestor da empresa que você trabalha, ou o seu cliente interno. Se essa mesma pergunta fosse feita aos profissionais de RH definiriam negócio como “negócio de RH”. A maioria das respostas começaria na discussão dos últimos desafios, das dificuldades, das inovações nas práticas de Gestão de Pessoas (contratar gente, treinar líderes, criar remunerações de incentivo, fazer análises do RH, preencher cotas, e assim por diante).

Todos esses esforços e iniciativas são super importantes, mas eles não são o negócio da empresa. Eles são o apoio para o negócio. O RH para adquirir mais voz, ser reconhecido pelo seu cliente como estratégico ou importante para a empresa, ele tem que olhar para fora. E isso significa dizer olhar o externo: o contexto do país e ao que a empresa está inserida, as expectativas dos stakeholders (clientes, investidores, acionistas, comunidades, entidades, etc), e as estratégias da empresa que a levarão a ser competitiva no mercado.

Quando o RH concentra esforços no negócio da empresa, ele acrescentará valor significativo e sustentável. O RH começa a trabalhar efetivamente embasando o seu trabalho com o negócio. Eles começam, por exemplo, neste cenário de grande crise olhar os custos do Pacote de Pessoal, ficam atentos aos Passivos Trabalhistas e trabalham de forma preventiva a eles. Ele se preocupa em trazer inovações para a empresa.

É o RH que está na área com cliente conhecendo e participando do negócio do dia a dia. É participante ativo e contributivo nas reuniões. Ele sabe o que os funcionários necessitam e está alinhado ao gestor de pessoas quanto às suas necessidades. Este mesmo RH ajuda a empresa a se concentrar no desenvolvimento de uma marca de liderança que condiz com os valores dela, onde as expectativas do cliente externo se traduzem em comportamento de liderança interna.

O RH da nova geração se baseia na premissa de que o interesse do RH é o negócio. Esta lógica vai além de ser um RH estratégico porque temos que ser participantes ativos em transformar os meios de Gestão de Pessoas em resultados.

E por fim, encontrei uma frase de um executivo da Pepsico muito intrigante e que deixo para nós de RH a seguinte reflexão: “Se você não está criando, fazendo ou vendendo nossos produtos, é bom que tenha uma boa razão para estar aqui.

 Daniele dos Anjos.