O significado de pokayoke Como eliminar as causas mais comuns de problemas
1. Robustez
Precisamos inicialmente entender que todo efeito tem uma causa, mesmo sendo um efeito negativo ou positivo. O efeito, seja um resultado ou um problema originou-se de uma causa. Ninguém morre de mais de uma causa, porém temos outras causas que também contribuem para um efeito, as chamadas causas potenciais.
Temos um processo mais robusto quando eliminamos as causas dos problemas. Quanto mais robusto o processo for, menores as chances de ocorrerem falhas, e consequentemente um processo mais estável.
Este é o grande motivo em buscar um processo mais robusto, pois não queremos problemas inesperados, o que geram altos custos e por aí vai.
Através de uma análise de diversos problemas históricos e suas causas, foi perceptível a coincidência entre algumas delas. Com isso conseguimos chegar em uma classificação de causa mais comuns.
2. Causas mais comuns
Lembre-se de quando você fez uma análise sobre um problema qualquer. Acredito que muitas vezes você já se deparou com algumas destas causas abaixo.
· Falta de atenção
· Falta de treinamento
· Falta de conferência
· Falta comprometimento
· Esquecimento
Perceba que todas estas falhas estão voltadas as pessoas, falta de atenção de alguém, o colaborador não teve treinamento, a pessoa não fez a conferência, o funcionário não tem comprometimento ou mesmo se esqueceu de seguir o procedimento.
As causas mais comuns são aquelas vinculadas as pessoas, porém temos que quebrar um paradigma aqui. Para criarmos um sistema intolerante a anormalidades, temos que ser intolerantes as falhas. Ser tolerante não é aceitar que o erro é humano, precisamos reconhecer que o processo e o procedimento permitiu que ser humano errasse.
Pensando nisso, criamos uma auditoria de robustez de um processo, onde conseguimos identificar o quanto um processo permite que a falha aconteça.
Na medida que subimos na tabela do vermelho para o verde, aumentamos as chances de aumentar a robustez do processo.
Conscientizar um funcionário de um problema ajuda, mas não é mais eficaz do que modificar e melhorar um método de trabalho ou procedimento. Porém se após o procedimento criado, os funcionários não receberem treinamento, possivelmente ainda será uma ação ineficaz.
Melhor que treinar e retreinar, ou seja, após passar o tempo muitas pessoas criam confiança em seu trabalho e por experiência elevada acabam falhando algumas vezes. A requalificação, corta o excesso de confiança ou experiência a frente dos fatos e dados do processo.
Após a rotina de qualificação temos os alertas, templates e gabaritos. Um exemplo simples de alerta é quando fechamos um programa no computador como o excel. No momento que tentamos fechar o nosso programa sem salvar, ele nos avisa “Você tem certeza de que quer sair sem salvar”, soltando um alerta e muitas das vezes nos ajuda a corrigir uma falha. Ações de alertas e gabaritos são mais eficazes do que as anteriores.
3. Pokayoke
Dispositivos e sistemas que evitam erros humanos, mesmo que ocorra a falha.
Objetivo: zerar a ocorrência de defeitos, eliminar a necessidade de retrabalho;
Devem ser simples, óbvios, práticos e baratos;
Evitam erros em tarefas repetitivas;
Interrompem o processo ou a produção em caso de detecção de falha.
Neste exemplo prático, mesmo que um montador quisesse montar a peça ao contrário, a curvatura feita na segunda peça, não o permitiria.
Uma dica final, ao solucionar qualquer problema busque sem alternativas de cima para baixo na tabela, comece tentando criar sistemas a provas de falha primeiro e assim por diante.
Guilherme Canteiro – Aprendendo a Enxergar
E-mail: contato@guilhermecanteiro.com
Whatsapp: +5511953265141
Coordenador de Engenharia / Eng. de Produção / Eng. de Produto / Desenvolvimento de Projetos Mecânicos / Programação CNC
4 aGuilherme Canteiro de Oliveira, muito bom ver que vc começou a escrever aqui no IN. Sempre que eu pedia sua ajuda era muito fácil compreender sua linha de raciocínio e dar continuidade. Tenho certeza que aqui não será diferente. Forte abraço e sucesso!!