O Sorriso do Pavarotti

O Sorriso do Pavarotti


Neste final de semana, enquanto eu preparava um molho Sauce Mornay, assistia no YouTube à apresentação dos Três Tenores: Pavarotti, Carreras e Domingo. Eu sempre fui fascinado pela música, e uma das imagens que mais me marca até hoje é o sorriso de Luciano Pavarotti antes de começar a cantar. Aquela expressão genuína de felicidade, de quem está exatamente onde quer estar, fazendo aquilo que ama. É um sorriso que transmite mais do que técnica, mais do que talento. Transmite paixão. Esse sorriso me faz refletir profundamente sobre a importância de fazer o que gostamos, principalmente no trabalho.

Acho que muitos de nós já passamos por fases em que sentimos que estamos apenas "cumprindo tabela". Acordamos, vamos ao trabalho, fazemos o que é esperado, mas sem brilho nos olhos. Quando falo sobre a importância de fazer o que gostamos no trabalho, não estou apenas falando do clichê de "seguir nossos sonhos". Estou falando de autoconsciência, de entender o que nos move e do impacto que isso tem na nossa vida como um todo.

No caso de Pavarotti, o sorriso não era apenas uma demonstração de alegria, mas uma consequência de saber que ele estava no lugar certo, fazendo aquilo que o preenchia. Não era esforço, era prazer. E acredito que esse é o ponto-chave: o autoconhecimento. Quando descobrimos o que realmente nos faz feliz, o trabalho deixa de ser apenas uma obrigação e passa a ser uma extensão de quem somos.

Eu mesmo já passei por momentos em que me questionava sobre o que estava fazendo e se aquilo realmente me trazia algum tipo de realização. Foi só quando comecei a me aprofundar no que realmente me fazia sentir realizado que percebi a diferença que isso fazia no meu desempenho, na minha motivação e, principalmente, na minha felicidade.

Claro que nem sempre é fácil. Às vezes, o caminho para encontrar o trabalho que nos faz sorrir pode ser longo e cheio de incertezas. Mas acredito que começar se perguntando "o que realmente me faz bem?" é o primeiro passo. Nem sempre a resposta vem de imediato, mas o processo de buscar esse autoconhecimento já é, por si só, transformador.

E para aqueles que já encontraram esse caminho, que já estão no palco da vida com o sorriso de Pavarotti, eu digo: aproveite. Não há nada mais valioso do que fazer aquilo que nos traz alegria e, ao mesmo tempo, impacta positivamente o mundo ao nosso redor.

Termino esta reflexão com um convite: busque esse sorriso. Não importa se ele vem da música, da arte, da tecnologia ou de qualquer outra profissão. O importante é que ele seja genuíno e que você, assim como Pavarotti, sinta que está exatamente onde deveria estar.

Quando trabalhamos com paixão, nosso desempenho melhora, nossa vida pessoal se equilibra, e conseguimos transmitir algo positivo ao nosso redor. O mundo precisa de mais sorrisos como o de Pavarotti — e o seu pode ser o próximo.

Larissa Navarro

Software Engineer Backend @Mercado Livre 💛

1 sem

Você vê as gravações dele, sorrindo com um pano branco na mão... foi a voz e o sorriso mais lindo do mundo que já pisou nessa terra!!! Sua análise faz todo sentido!!

Lourinaldo Costa

Consultor em Gestão de Sistemas da Qualidade

3 m

Acredito que um outro representante desta filosofia ou reflexão como você apresenta é o recente falecido Silvio Santos. Mario Sérgio Cortella é outro exemplo entre outros. O prazer de quem faz o que gosta é muito contagiante e perceptível.

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