O verdadeiro espírito de Natal está nesse envelope. Leia!
foto: minha árvore de Natal ;^)

O verdadeiro espírito de Natal está nesse envelope. Leia!

Eu adoro o Natal. Sério! Eu curto muito. Gosto de aproveitar o mês de Dezembro para demonstrar carinho, admiração e gratidão. Também amplio minhas lentes de autocrítica, para ver o que eu poderia ter feito diferente e onde tenho oportunidades de aprendizado e mudança de comportamento.

(Eu faço aniversário próximo ao Natal, então, para mim, o ciclo faz sentido para essa revisão de atividades. Acho que, às vezes, a gente leva a vida tão corrida que esse "ponto de parada" é importante.)

Mas sei que é uma época delicada pra muita gente. Há quem deteste. Há quem pense que é tudo "comercial" e há quem sinta muita solidão...

De qualquer forma, seja você um(a) grande fã do Natal ou alguém que nunca se conectou a esse "espírito", você vai se emocionar com essa história e com essa tradição (que eu também adotei!):

"É só um pequeno envelope branco preso entre os galhos da nossa árvore de Natal. Sem nome, sem identificação, sem inscrição. Esse envelopinho tem estado entre os galhos da nossa árvore pelos últimos dez anos.

Tudo começou porque o Mike odiava o Natal - não o verdadeiro significado do Natal, mas os aspectos comerciais dele – gastar demais, correr feito um louco no último minuto para comprar um par de meias para um tio ou um creme para a avó - os presentes dados em desespero porque você não conseguia pensar em mais nada.

Sabendo que ele se sentia assim, em um certo ano, decidi ignorar as camisas, blusas, gravatas e tudo mais. Eu peguei algo especial apenas para Mike. A inspiração veio de uma maneira incomum.

Nosso filho Kevin, que tinha 12 anos, naquele ano, praticava luta livre no nível júnior na escola que frequentava; e pouco antes do Natal, houve uma partida fora da liga contra um time patrocinado por uma igreja do centro da cidade. Esses jovens, vestidos com tênis tão esfarrapados que os cordões dos sapatos pareciam ser a única coisa que os mantinham unidos, apresentavam um forte contraste com nossos meninos em seus uniformes azuis e dourados, comm novos sapatos de luta.

Quando a partida começou, fiquei alarmada ao ver que o outro time estava lutando sem proteção de cabeça, uma espécie de capacete leve projetado para proteger os ouvidos de um lutador. Era um luxo que a equipe humilde, obviamente, não podia pagar.

Bem, acabamos ganhando com vantagem. Vencemos todas as classes de peso. E quando um dos meninos se levantou do tatame, ele cambaleou em frangalhos com um olhar altivo e um poder falso, uma espécie de orgulho de rua que não podia reconhecer a derrota. Mike, sentado ao meu lado, balançou a cabeça tristemente: "Gostaria que apenas um deles tivesse vencido", disse ele. "Eles têm muito potencial, mas perder assim pode tirar o coração deles."

Mike amava crianças - todas as crianças - e ele as conhecia, tendo treinado times infantis de diversos esportes. Foi aí que surgiu a ideia do presente. Naquela tarde, fui a uma loja local de artigos esportivos e comprei uma variedade de capacetes e sapatos de luta-livre e os enviei anonimamente à igreja do centro da cidade.

Na véspera de Natal, coloquei um envelope branco na árvore, com um bilhete dizendo a Mike o que eu tinha feito e que esse era o presente dele.

Seu sorriso foi a coisa mais brilhante do Natal naquele ano e nos anos seguintes e seguintes.

Para cada Natal, eu segui a tradição - um ano enviando um grupo de jovens deficientes mentais para um jogo de hóquei, outro ano mandando um cheque para um par de irmãos idosos cuja casa havia queimado no chão na semana anterior ao Natal, e assim por diante.

O envelope tornou-se o destaque do nosso Natal. Era sempre a última coisa aberta na manhã de Natal e nossos filhos, ignorando seus brinquedos novos, ficavam com grande expectativa enquanto o pai levantava o envelope da árvore para revelar seu conteúdo.

À medida que as crianças cresciam, os brinquedos deram lugar a presentes mais práticos e eletrônicos, mas o envelope nunca perdeu seu fascínio.

Mas a história não termina aí.

Sabe, nós perdemos Mike no ano passado devido a um câncer terrível. Quando o Natal chegou, eu ainda estava tão envolta em tristeza que mal consegui levantar a árvore. Mas a véspera de Natal me encontrou colocando um envelope na árvore. Não deixei a tradição acabar. E, pela manhã, havia mais três envelopes.

Cada um de nossos filhos, sem o conhecimento dos outros, havia colocado um envelope na árvore para o pai. A tradição cresceu e um dia se expandirá ainda mais com nossos netos em pé para derrubar o envelope.

O espírito de Mike, como o espírito de Natal, estará sempre conosco.

***

(Esta história foi publicada originalmente na revista Woman's Day, de 14 de dezembro de 1982, por Nancy W. Gavin. Foi a vencedora entre milhares de participações no concurso "Minha Tradição de Feriados Mais Comoventes" da revista, na qual os leitores foram convidados a compartilhar sua tradição favorita de festas e a história por trás dela.)

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Se você se emocionou, deixe um comentário, agradecimento, homenagem ou apenas o nome de amigos(as) que também vão curtir essa nova tradição!

Um grande abraço e vamos construir um lindo Natal (para nós e para as pessoas que serão presenteadas por meio do envelope - eu fiz minha 2a boa ação hoje e já vou preparar meu envelope!)

Qual será o seu presente? =^)


Claudete Manship

Professora de Inglês e Espanhol na BET - Business English Training

4 a

Muito linda sua história ,um Feliz Natal, a você e ao Mike, e a todos que tenha este espírito de caridade e de amor.

Fernando Ricardo de Andrade e Silva

Analista de Administração Predial e Serviços III no ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico

5 a
Edilene Guedes

Autônomo na Zia Concetta Masseria Artesanal

5 a

Linda e emocionante história de Natal!! Presenteamos com o nosso melhor... eu e um amigo faremos algo diferente neste Natal voltado a ação social... mas o valor também está em Mateus 6 - o que a direita faz a esquerda não tem que saber....Feliz Natal a Todos!!!

Natanael Duarte

Real Estate São Paulo Brasil

5 a

Quase chorei

Karina Vidotti

Gestão de Recursos Humanos | DHO | Talent Acquisition | Recrutamento | Treinamento & Desenvolvimento | HR Business Partner

5 a

Que lindo!

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