O voo do pássaro
Livres como um pássaro! Uma expressão que indica um alto grau de satisfação. Mas, será que queremos de fato sermos livres? Se por um lado, os jovens estão lutando por uma arraigamento mais profunda da esquerda utópica, do outro lado, o restante desta juventude, nem sabe distinguir a direita da esquerda. Com isso, o que será da futura liberdade, ainda que tardia?
Um pássaro nasce, é alimentado por sua mãe por um tempo. Quando a mãe pássaro percebe que o filhote já está apto, ela o leva com suas garras para uma boa altura, e solta o bonitão. Se o bicho voar, ótimo... Mas, se o pássaro filhote ficar todo tempo sendo alimentado por sua mãe e, por algum motivo inexplicável, esta não o forçar a bater as asinhas, este por sua vez, está se auto condenando a ficar eternamente deitado em ninho esplêndido, como muitos de nós brasileiros. E se alguém vem e nos pega pelas garras e nos leva às alturas, nós gritamos e esperneamos... Não queremos a liberdade e sim, quem sabe, eternamente pão e circo está bem.
Livres como um pássaro. Pois bem, esta expressão de fato deve ser para poucos. Talvez poucos que queiram se libertar das bolsas e das muletas.. Poucos que não se contentam com apenas aquilo que basta, mas sim, com aquilo que sobeja para si e para contribuição com a comunidade. Poucos que querem ir além do pão nosso de cada dia e consegue trocar o circo por um tempo de imersão espiritual. Poucos que realmente prezam e não abrem mão da verdadeira liberdade.