Obcecados por gestão

Obcecados por gestão


Recentemente, fui convidado pelo meu grande amigo Fernando Torres para participar de um encontro do Grupo Dreamers, realizado na sede da ArtPlan em Brasília. Durante o evento, ouvimos palestras de profissionais renomados, como Fernando Torres, Diretor de Planejamento da ArtPlan em Brasília, Luiz Telles, Diretor Nacional de Storytelling e Inovação da ArtPlan, Cacá Malta, Diretora Geral de Atendimento da ArtPlan em Brasília, Marcílio Lobo, CEO da The Hub e Patrícia Martins, Sócia da Oficina Consultoria do Grupo In Press. O encontro me fez refletir muito sobre o futuro da UNLKD.


O convite de Fernando aconteceu após um post em suas redes sociais em que ele relatava sua experiência no evento SXSW - South by Southwest, em Austin, Texas. Apesar de nunca ter me interessado pelo evento antes, aceitei o convite e fiquei encantado com o que ouvi.


...as empresas deveriam migrar o pensamento de propósito para obsessão...


Durante uma das palestras, Fernando explicava que Clayton F. Ruebensaal III, EVP, Global B2B Marketing da American Express, disse que as empresas deveriam migrar o pensamento de propósito para obsessão. Confesso que, a princípio, achei essa ideia exagerada, mas ao ouvir exemplos de pessoas obcecadas como Steve Jobs, comecei a refletir sobre a obsessão da UNLKD.


Não vou detalhar tudo o que aprendi no encontro da Dreamers, mas se quiser saber mais sobre o fórum específico sobre obsessão das marcas, deixarei o link aqui. Foi uma experiência transformadora que me fez repensar como a UNLKD estava sendo estruturada.


Como alguém que já ocupou diferentes cargos em empresas de tamanhos variados, tanto fornecendo serviços quanto contratando serviços de tecnologia, percebo que é comum que um contratante tente resolver um problema com tecnologia e contrate um fornecedor para desenvolver soluções tecnológicas para a empresa. Se você já esteve em algum desses papéis, provavelmente se identificará com o relato abaixo.


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Diagrama de DOR

A empresa A Company contratou a empresa B Technology para desenvolver um círculo laranja. A B Technology levantou o escopo, construiu o orçamento, montou o cronograma de desenvolvimento e apresentou-o à A Company. Uma vez que o contrato foi firmado, o orçamento aprovado e o cronograma alinhado, a B Technology iniciou o desenvolvimento.


Algum tempo se passou e a B Technology convocou uma reunião com a liderança da A Company para apresentar o projeto concluído, mas o que ela apresentou não foi um círculo laranja, mas um triângulo verde.


Frustrada, a A Company até concordou que o triângulo verde também é uma figura geométrica, mas deixou claro que não era o que ela queria: ela queria um círculo laranja. A B Technology disse que não havia problema e que faria ajustes, mas como houve alteração de escopo, precisou alterar o orçamento.


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Ajustou-se o orçamento, ajustaram-se os prazos e a B Technology seguiu o desenvolvimento com urgência. Depois de algum tempo, mais uma vez a B Technology convocou a A Company para apresentar os ajustes: um triangulo laranja.


Decepcionada, a A Company encerrou o contrato com a B Technology, montou uma equipe interna e afastou-se de seu core business apenas para tentar desenvolver o desejado círculo laranja.


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A jornada interna seguiu e as entregas até tinham mais consistência e assertividade, mas pareciam cada vez mais demoradas, engessadas e não acompanhavam a necessidade da área de negócio. Exigiam muita manutenção e a A Company encontrava muita dificuldade para manter profissionais, já que o assédio com salários tentadores era muito alto.


Por fim, depois de muito tempo, sacos de dinheiro investido e dores de cabeça, nossa querida A Company conseguiu o tão sonhado círculo laranja que demandava muito esforço para se manter no ar, mas que já não atendia à necessidade de negócio. Infelizmente o mercado mudou e agora era necessário um Quadrado Vermelho.




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Existe uma confusão constante na gestão de pessoas e informações, e infelizmente, essa problemática continua a ocorrer sem nenhuma solução à vista. É preocupante ver que muitas empresas não dão a devida atenção a esse aspecto crucial do negócio.


No entanto, a palestra do Fernando trouxe uma grande vantagem para a UNLKD. Percebi que nós nos diferenciamos das outras empresas pela nossa obsessão em gerenciar pessoas e informações.




Sobre gestão de pessoas, dá para fazer um livro apenas sobre isso, mas gostaria de aproveitar o espaço para compartilhar um pouquinho sobre o nosso jeito de trabalhar, a forma como interagimos com os nossos clientes.


Não é novidade para ninguém que o método ágil faz uma diferença enorme quando falamos de gestão tecnológica. O problema é que ele vem sendo cada vez mais adaptado e aparentemente regredindo ao modelo de gestão de projetos tradicional com um nome diferente.


Quero deixar claro que sou um grande fã de customizações de métodos, isso ajuda a gente a se adequar aos diferentes ambientes de trabalho, mas existe um ponto fundamental que vem sendo deixado de lado e causando todos esses problemas recorrentes.


O problema nunca foi qualidade técnica.


O problema nunca foi qualidade técnica. Temos excelentes profissionais no Brasil, o problema sempre foi a visão de negócio. Os desenvolvedores com os quais tive a oportunidade de trabalhar, em sua maioria, são excelentes técnicos. É visível a satisfação de um desenvolvedor quando ele recebe do seu líder uma tarefa que ele sabe exatamente o que deve fazer do ponto de vista das regras de negócio. Agora, também é impressionante a frustração no olhar do desenvolvedor quando ele recebe um escopo extremamente aberto com regras de negócio subjetivas.


Pensando nisso, a UNLKD resgatou uma regra antiga do método ágil tradicional que convida o cliente, ou o dono do produto, para dentro do desenvolvimento do projeto. Usualmente, quando abordamos um cliente, já nas primeiras reuniões deixamos claro a necessidade de alguém que entenda do core business para trabalhar com o Dev Team da UNLKD.


Esse integrante passa a interagir diretamente com quem está desenvolvendo o produto. A UNLKD fornece um Scrum Master, profissional que facilita as cerimônias e coordena o Dev Team do ponto de vista metodológico, um techlead para entrar profundamente no dia a dia técnico e um time de profissionais adequado por stack e necessidades do escopo.


O dono do produto, nosso cliente, não gasta mais de duas horas por dia para interagir com o time. Esse pouco tempo dedicado faz com que a UNLKD seja uma das poucas empresas preparadas para entregar exatamente o que o cliente pediu, o círculo laranja.


Se você se interessou em saber mais sobre a nossa empresa especializada em desenvolvimento com um grande foco em gestão, não hesite em conhecer.


UNLKD.CO

Fernando Torres

Strategy Director @ Artplan and Runner | Branding | Consumer Insights | Narrativas Estratégicas | Facilitação ágil |

1 a

Grande reflexão, meu amigo! E as vezes podemos pensar que ser obcecados pela gestão não vai gerar valor no negócio. Mas o impacto desse "posicionamento" com certeza vai gerar resultados exponenciais na ponta do negócio.

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