Olimpíada: as lições que ensinam negócios e inspiram carreiras

Olimpíada: as lições que ensinam negócios e inspiram carreiras

São tempos olímpicos. No ar, aquele clima esportivo contagiante que nos faz passar o dia em frente à TV, torcendo, comemorando, segurando a ansiedade, mudando de modalidades a cada segundo. Mas há muito mais do que esporte para ver nas Olimpíadas. Os elementos que giram em torno de competições, desafios e superações também nos trazem outras lições que podemos carregar para a vida.

Há alguns anos, o ex-nadador Gustavo Borges, dono de quatro medalhas olímpicas, disse em uma entrevista que três atitudes da sua carreira na natação serviram de guia também nos negócios: excelência, consistência e persistência. É onde ele tem focado desde que mergulhou de cabeça no empreendedorismo e virou referência no disputado mercado esportivo.

O esporte vai além da técnica. Além da habilidade física. É uma demonstração clara do que se pode conquistar quando há entrega, superação, concentração, foco, garra e força de vontade: tudo que a gente precisa também em qualquer esfera da vida. E não precisamos ser atletas para isso.

O esporte ensina. Ensina para quem pratica, ensina para quem assiste.

O esporte ensina a trabalhar em equipe. Porque mesmo que seja individual, nunca é solitário. Ninguém nunca está sozinho. Há sempre um exército de outros profissionais que ajudam o atleta a chegar mais longe e a aprimorar a performance. Que fazem a máquina girar. Nas empresas é a mesma coisa.

O esporte também ensina sobre adaptação. Sobre saber lidar com condições adversas. A capacidade de seguir com o jogo, mesmo diante dos imprevistos ou de situações não planejadas, é uma habilidade necessária aos atletas e também aos líderes. Saber ajustar a jornada diante de mudanças repentinas torna tudo mais leve e menos sofrido.

O esporte ensina a lidar com o fracasso. A ter inteligência emocional. A aprender com os resultados e com os erros anteriores. Porque a vida não é uma sequência de acertos. Todos nós vamos errar, todos nós vamos cair, todos nós vamos falhar. São os períodos de crise que nos impulsionam. É ali que nós crescemos. É ali que a empresa avança.

O esporte ensina a respeitar os obstáculos. A nos fazer conhecer nossos próprios limites, a saber até onde podemos ir. A ginasta americana Simone Biles virou quase um símbolo global disso. Não teve medo de tirar a capa de mulher maravilha que foi colocada sobre ela e reconheceu o momento de se retirar dos holofotes para cuidar da saúde mental. Não deixou de ser grande por isso. Mas virou maior ainda. A pausa é elemento-chave para que se possa continuar amanhã e atingir um resultado melhor.

O esporte também ensina a se autoconhecer. Um atleta que não conhece seus pontos fortes não pode explorá-los. Quem não conhece suas deficiências não pode melhorá-las. Quem não entende seus limites, fortalezas, habilidades, nunca conseguirá evoluir. Serve também para o ambiente corporativo.

O esporte é muito mais que um jogo, que um pódio, que uma linha de chegada. É muito mais do que ele mesmo. Vai além dos campos, das quadras, das pistas, dos tatames, das piscinas. O esporte ajuda a chegar mais longe e é o impulso para aprender em outros mundos. Em tempos olímpicos, mais do que nunca.

Porque como brasileiros, nós torcemos. Mas como profissionais… Aí nós aprendemos.

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