Onde erramos?
O IFPE abriu inscrições para cursos técnicos e superiores, e a pouco dias atrás divulgou a lista de inscritos e vagas (concorrência geral) ofertadas por curso, onde obteve-se aproximadamente 4.500 vagas e 12.000 candidatos, Pois bem, o que me surpreendeu foi que em vários cursos não haviam alcançado o número de escritos por vagas e assim o IFPE divulga uma nota avisando que os escritos nos cursos que não atingiram o número inferior ou igual ao número de vagas ofertados estavam isentos das provas. Daí vem a pergunta que é o título desse texto: Onde erramos? Onde nossa geração errou? Por que tantos cursos não atingiram o número mínimo de participantes? sensação que tenho é que a nossa geração não preparou a geração de estudantes de hoje. Os jovens de hoje (me parece) que estão mais preocupados em aparecer em rede social do que "cavar" seu futuro, e nós, pais, de hoje, estamos deixando que nossos filhos percam oportunidades que talvez não terão num futuro. Uma geração que se intitula "raiz" está criando uma geração "nutella", homens que se dizem aguentar tudo, não se abalarem com nada, estão criando filhos que não podem lavar um prato, cortar um capim ou estudar para passar em um exame desse tipo porquê eles (os filhos) podem não aguentar a "pressão". A também de se dizer que hoje, com a dificuldade que educadores estão tendo por falta de apoio dos pais está agravando essa situação. Vejo famílias querendo transferir suas responsabilidades de educação doméstica para as escolas, e as escolas enfrentado dificuldades em passar a educação intelectual porque o garoto(a) não se esforçou o mínimo para estudar e a mãe ou o pai indo até a escola esculachar professores e escola porque eu filho (mal educado) tirou uma nota ruim. Também não posso deixar de dizer que o nosso sistema educacional está defasado, desatualizado e que precisamos de investimento pesado na educação de base. Talvez nós tenhamos errado ao nos deixar levar pelo consumismo, pelo individualismo, pelo imediatismo, pelo hedonismo. Talvez nós tenhamos errado ao nos afastar dos valores humanos, como a ética, a solidariedade, a empatia, o respeito. Talvez nós tenhamos errado ao nos esquecer do que realmente importa, como a família, os amigos, a saúde, a natureza. Seja como for, nós somos a geração que ainda tem tempo de mudar, de aprender, de evoluir. Nós somos a geração que ainda pode fazer a diferença, que ainda pode contribuir, que ainda pode transformar. Nós somos a geração que ainda tem esperança, que ainda tem sonhos, que ainda tem força, mas precisamos mudar a mentalidade não só da geração atual, mas a nossa também.