Opinião de criança tem poder!
Sandhra Cabral
Jornalista, CEO Educar para Ser Grande, formadora de professores e lideranças, docente universitária, consultora em Gestão da Comunicação Escolar, educomunicadora, Mestre em Inovação na Comunicação de Interesse Público
*Por Sandhra Cabral
Vejam um exemplo que surte bons resultados e, de quebra, ensina os pequenos a exercerem a cidadania...
Desde 2012, os alunos da Escola Municipal de Educação Infantil Dona Leopoldina, na Zona Oeste da cidade de São Paulo, participam ativamente das decisões a serem adotadas pelo estabelecimento.
É que por lá, os estudantes, desde os mais novinhos até os que já estão de saída para alçarem outros voos, fazem parte de um conselho deliberativo batizado de Conselho da Criança.
Essas reuniões vêm mudando a rotina e as decisões da gestão escolar do Dona Leopoldina.
Por meio dos encontros do Conselho, muita coisa que parecia ser agradável às crianças caiu por terra.
Por exemplo, sabe qual foi a primeira reivindicação dos pequenos? O fim da obrigatoriedade do cochilo após o horário de almoço.
De acordo com a diretora da escola, Márcia Harmbach, a importância do conselho, além de valorizar o protagonismo dos alunos, é saber o que eles pensam sobre os temas que dizem respeito diretamente ao bem-estar deles durante a permanência na escola, mostrar-lhes de forma prática o que é exercer a cidadania e comprovar que eles, apesar de novinhos, têm consciência do que os rodeia e do que falam.
Ficou comprovado que após a criação do Conselho da Criança, os alunos passaram a aprender mais, se engajaram nas propostas das professoras com mais facilidade e se tornaram mais questionadores e críticos, vendo a escola como um todo.
A partir das reuniões, além de tornar o horário de dormir não obrigatório, os pequenos também conseguiram direcionar as ações para compra de brinquedos novos, reformulação da quadra e a adaptação dos balanços para as crianças com deficiência. Não é sensacional?
E que sirva de exemplo aos gestores da educação: Segundo a diretora da escola, Márcia Harmbach, as crianças são produtoras de cultura, são competentes, possuem direitos que precisam ser preservados e estimulados e têm suas próprias visões de mundo, que, se levadas em consideração, irão enriquecer a rotina escolar.
Fonte: Portal Razões para Acreditar
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*Sandhra Cabral – Jornalista, Educadora, Media Training, Docente na Escola de Comunicação da USCS – Universidade Municipal de São Caetano