A Ordem é Jogar Pongue
Todos nós sabemos o que é um jogo de pingue-pongue: ele consiste em receber a bolinha arremessada pelo jogador adversário e devolvê-la, utilizando uma raquete. A devolução é absolutamente necessária para que o jogo possa ter continuidade. Para isso é preciso adquirir prática através de exaustivos treinamentos até tornar-se um bom jogador.
O jogo da vida é parecido com o jogo de pingue-pongue. É neste sentido que o autor José Antonio Rosa, em sua obra “Você sabe jogar pongue?”, nos leva a uma reflexão sobre o nosso relacionamento e convivência com o mundo, com a sociedade, com a nossa família, colegas de trabalho, de estudo e conosco mesmos. A forma de como somos, pensamos, agimos e tratamos os outros influenciará a nossa vida pessoal, profissional, nossos relacionamentos e carreira.
Ao nascer, nos deparamos com uma realidade: somos totalmente dependentes. Alimentação, vestuário, higiene, aprender a andar, falar, e por aí vai. São vários anos de jogo ouvindo somente o pingue. O jogo consiste apenas em receber. Recebemos diariamente amor, cuidados, carinho, ensinamentos.
Quando nos tornamos adultos inicia a outra parte do jogo. Somos impelidos a devolver a bola para que o jogo da vida possa ter continuidade. O pongue representa a nossa parcela de contribuição para tornar o mundo um lugar melhor para todos. Esta é a tarefa diária a desempenhar. E há várias formas de cumpri-la. Vejamos algumas:
Estaremos jogando pongue ao ajudarmos pessoas menos favorecidas, visitando os doentes nos hospitais, as pessoas idosas nos asilos, contribuindo com donativos para os programas instituídos de assistência social, ou simplesmente sentar ao lado delas para uma boa conversa.
O jogo continuará quando estivermos ajudando o nosso colega de trabalho a crescer como pessoa e como profissional, através da nossa crítica construtiva e orientações, colocando-nos a disposição para ajudar, não naquilo que nós queremos ou achamos certo, mas naquilo que o nosso colega realmente precisa, sem a intenção de futuramente receber favores e recompensas por isso.
Estaremos dando a nossa contribuição quando os outros sentirem o desejo de nos ter como colegas e companheiros, tornando-nos pessoas agradáveis e bem humoradas, positivas em todos os sentidos, pró-ativas, estando sempre prontos a colaborar.
O pongue se fará ouvir quando atuarmos em favor da preservação ambiental, conservando a natureza e investindo em programas de educação ambiental.
Enfim, estaremos jogando pongue quando praticarmos o verdadeiro amor para com o nosso próximo, o qual é exteriorizado através de todo e qualquer tipo de ação positiva em relação a ele. Isto nem sempre é uma habilidade inata. É adquirida através da prática diária, da boa vontade, da doação.
“Não te furtes de fazer o bem a quem de direito, estando na tua mão o poder de fazê-lo” (Provérbios de Salomão). Estas palavras são bíblicas. Fazer o bem aos outros, viver e conviver em harmonia, dar um pouco de si em benefício do semelhante, é pré-requisito para o pingue-pongue das nossas vidas. E esta é a essência do Coaching.
Hugo Edgar Ludke
Master Coach
(61) 3710-0411 / (61) 83643940