A ORDEM E O CAOS
A vida em grandes metrópoles apresenta facilidades que consideramos sinônimo de progresso, como acessos aos bens de consumo, oportunidades de trabalho, laser, serviços, educação, saúde etc. Por outro lado, em algumas delas, face à grandiosidade dessas cidades e aos milhões de pessoas que ali moram, existem muito mais problemas do que benefícios. Seus moradores sabem como é difícil o transito, a poluição, a segurança pública, as demandas ambientais, a habitação e outros. Não tenha dúvidas, são desafios que exigem muito esforço não apenas dos governantes, mas também de todas as pessoas que vivem nesses lugares. Esses aglomerados humanos convivem ao mesmo tempo, com a ordem e o caos, com riqueza e pobreza, com o belo e o feio. A tendência das coisas de se desordenarem espontaneamente é uma característica fundamental da natureza. Para que a organização ocorra, é necessária uma ação que restabeleça a ordem. É o que acontece nas grandes cidades: melhorar a condição de vida de seus habitantes, despoluir um rio, coletar o lixo de forma seletiva, diminuir a violência, por exemplo, são ações que exigem muito trabalho e não acontecem por acaso e espontaneamente. Se não houver qualquer ação nesse sentido, a tendência é que prevaleça a desorganização. No nosso dia a dia, percebemos que é mais fácil deixar tudo desorganizado do que em ordem. A ordem tem um preço. Portanto, percebemos que há uma luta constante na manutenção da vida e do universo contra a desordem. A luta contra a desorganização é travada a cada momento por nós. Partimos de uma única célula e chegamos à fase adulta com trilhões delas, especializadas para cada função do nosso organismo. Com o passar dos anos, envelhecemos e o nosso corpo não consegue mais funcionar adequadamente, acontece uma falha fatal e morremos. O que acontece na natureza é que a manutenção da ordem é fruto da ação das forças fundamentais, que interagindo com nossa matéria, permitem que esta se organize. Desde a formação da terra, a vida somente conseguiu se desenvolver a custa de transformar a energia recebida do sol em uma forma útil, ou seja, capaz de manter a organização. Para tanto, pagamos o preço alto: grande parte dessa energia é perdida, principalmente na forma de calor. Dessa forma, para que existamos,continuamos a pagar a conta de aumentar a desorganização do nosso planeta. Sem a energia do sol não existirá vida na terra. ( Josemar M)