Organize o seu pensamento com a facilidade de quem troca de chapéu
O modelo de pensamento dos chapéus é uma forma sistemática e de fácil aplicabilidade
Muitas vezes, controlar o pensamento não é tarefa fácil. Colocar as ideias em ordem, então, nem se fala! Essa é uma missão que pode levar horas e, mesmo assim, ainda é possível ficar com a sensação de que “aquele resultado” não foi dos mais satisfatórios.
Em um modelo de pensamento mais tradicional ou argumentativo, as pessoas tendem a defender justificativas que tomem como verdade, baseados em apenas uma fonte de reflexão, tornando-se extremamente parciais. Por outro lado, o modelo de pensamento dos Seis Chapéus propõe um exercício de “pensamento paralelo”: imagine a possibilidade de análise, de um caso específico, sobre diferentes perspectivas, cada uma por vez e a seu devido momento. Para colocar essa solução em prática, todas as pessoas envolvidas na discussão analisam juntas a mesma situação, usando um chapéu de cada vez, ou seja, o foco de todos estará voltado para o mesmo ponto central, em vez de cada um defender as suas próprias percepções, utilizando-se de diferentes interpretações sem conexão.
Quais são os seis chapéus e suas principais características
Cada um dos chapéus é identificado por uma cor, que está atrelada à sua funcionalidade, facilitando que se lembre de cada um deles ao aplicá-los na prática. Uma dica interessante é que o mediador utilize chapéus reais ou imagem de chapéus, com as cores corretas, com o objetivo de esclarecer para os demais participantes que tipo de argumentos devem utilizar a cada momento.
O foco do chapéu branco deve estar voltado para todos os dados disponíveis: análise de números, estatísticas, gráficos, resultados, tendências, fatos, pesquisas, matérias de jornal etc.
Da cor do coração, ao utilizar o chapéu vermelho, essa é hora de empregar toda a emoção, os sentimentos que tem em relação à situação apresentada. Utilizar argumentos baseados em fatos, que pertencem ao chapéu branco, não é mais permitido. Além de entendermos as sensações que temos perante a situação, tentaremos analisar e compreender os sentimentos dos outros.
É hora de colocar na mesa tudo o que pode dar errado, utilizando o chapéu preto: apresente todos os pontos negativos ou que possam criar alguma desvantagem. Fique atento para o fato de que expor o lado negativo não é razão para exaltação. O momento da emoção ficou para trás, com o chapéu vermelho. Sendo assim, outro cuidado no uso desse chapéu é a administração do tempo. Lembre-se de que ele deve receber o mesmo tempo que os demais.
Para ter equilíbrio na vida, todo o lado ruim, também tem um lado bom. Essa é a hora de ser positivo e otimista como um raio de sol, vestindo o chapéu amarelo. Nesse momento, só é permitido analisar todos os benefícios das escolhas em pauta. Por pior que possa parecer a situação, sempre há um lado benéfico.
Ninguém nasce criativo. Criatividade é também um exercício, algo que se aprende, desenvolve e aprimora. Chegou a oportunidade de colocar toda a criatividade em prática, usando o chapéu verde, e tentar ser inovador nas soluções apresentadas!
O chapéu azul é um chapéu de abertura das ideias, se usado no início da reunião, ou de tomada de decisão, quando aplicado ao final dessa dinâmica. O mesmo deve ser executado, principalmente, pelo mediador. Este tem a liberdade de voltar a pedir que a equipe “vista” novamente algum dos chapéus, se necessário, ou concluir a dinâmica, apresentando a decisão final, com base no que foi construído durante todo o processo. Os demais participantes também têm a possibilidade de entrar em senso comum, ao colocar esse chapéu no encerramento da reunião.
Para os que estão iniciando a metodologia, o mais indicado é escolher uma ordem dos chapéus e aplicá-la até o fim, lembrando que os chapéus devem ser pensados preferencialmente em dupla: azul (o ideal é utilizar esse chapéu para abrir e fechar as reuniões), branco e vermelho, preto e amarelo, verde e azul.
Veja o passo a passo para aplicar a técnica dos seis chapéus
Deve haver sempre um responsável por conduzir essa reunião e criar a disciplina nos participantes, para que utilizem cada um dos chapéus no momento correto e de forma apropriada. Essa pessoa deve assumir o papel de mediador e evitar influenciar os demais no decorrer da dinâmica, deixando para utilizar o chapéu azul ao final do processo.
O mediador do debate deve estimular que os indivíduos envolvidos façam parte desse jogo, deixando claro qual o objetivo da dinâmica e de cada um dos chapéus.
Todos os envolvidos no grupo de discussão precisam analisar o caso em pauta, ao mesmo tempo, sob a ótica do mesmo chapéu.
Importante: Os chapéus não podem ser divididos em pequenos grupos de pessoas, por exemplo, a fim de acelerar a dinâmica.
Como essa metodologia é baseada nas teorias de Confúcio, defende-se que atitudes, ou seja, os comportamentos de cada um, podem ser mais facilmente autocontroláveis do que a personalidade de fato, ou seja, ao participar da dinâmica, os participantes devem controlar suas personalidades mais impulsivas ou mais tímidas e tomar atitudes mais participativas, conforme as regras do jogo.
Importante: Os chapéus devem ser utilizados para refletir sobre situações específicas, e não categorizadas como perfis comportamentais. Além disso, é muito importante determinar um tempo médio, de aproximadamente um minuto, para cada um falar de cada chapéu.
A fim de deixar o debate o mais construtivo, completo e enriquecedor possível, a ótica sob todos os chapéus devem ser exploradas, cada uma a seu momento.
Resultados esperados com a aplicação da metodologia
As soluções para as questões em pauta passam a ser mais enriquecedoras, uma vez que é adotado um modelo colaborativo. As pessoas tendem a ficar preocupadas em somar e acrescentar, e não em discordar e provar que são elas que estão certas.
As reuniões ficam mais curtas porque o pensamento está mais organizado, gerando uma economia de tempo. Informações conflitantes são colocadas lado a lado e não uma contra a outra, o que facilita a visualização posterior do cenário geral, ajudando a tomar decisões de forma mais apropriada;
Dica de leitura: Os seis chapéus do pensamento, de Edward de Bono.
Veja esse artigo também no blog Visão Beta.
PROFESSORA COLÉGIO OBJETIVO
6 aGostei bastante de conhecer o "pensamento dos chapéus " porque consegue organizar o debate em grupo para que todos tenham a oportunidade de expor suas opiniões de forma a organizar esse debate para que os assuntos não fiquem misturados separando tendências, sentimentos, pontos negativos com administração do tempo , porque as pessoas possuem uma grande capacidade de valorizar o negativo, visar os benefícios do assunto em pauta, criatividade e por fim a tomada de decisão com a possibilidade de senso comum entre os membros.