Orgulho LGBTQIA+

O Mês do Orgulho LGBTQIA+ tá aí e vemos muitas pessoas e empresas se posicionando sobre o tema. Com tanto arco-íris espalhado pelas redes, me peguei refletindo. 

Antes de mais nada, quero deixar claro que eu sei qual é o meu lugar de fala. Na luta pelos direitos LGBTQIA+, eu sou uma aliada, então só posso me posicionar como uma. E é justamente isso que eu vou fazer. 

Por que eu me considero uma aliada? Porque muito além do que faço no profissional, é uma causa com a qual eu sempre simpatizei e busquei, com o meu lugar de fala, conscientizar as pessoas sobre como tudo poderia ser mais simples. Sim, simples se as pessoas se ativessem ao fato de que, ao falar dos direitos LGBTQIA+, estamos principalmente falando de amor. 

Eu convivi a vida toda com pessoas em relacionamentos homoafetivos e foi algo que eu nunca precisei entender. Não precisei que ninguém virasse pra mim e fizesse rodeios para explicar porque duas conhecidas sempre chegavam e iam embora juntas. Para mim, era óbvio: elas estavam juntas, do mesmo jeito que meus pais estavam e outros tantos casais. 

E o mesmo acontece com os meus filhos. Eu nunca precisei explicar pra eles que uma criança pode ter duas mães, dois pais… Não consigo entender porque complicam tanto uma questão tão simples como o amor, porque é isso: um casal está junto porque se ama, independentemente da composição desse casal. Uma pessoa heterossexual alguma vez teve que sentar com os pais pra contar que é hétero? Não, porque é tão simples quanto: duas pessoas se conhecem, se gostam e agora estão juntas. 

Eu me considero uma aliada da causa não só por ter convivido com ela desde sempre, mas por entender o que significa a relevância que o tema tem ganhado nos últimos anos. Por saber o que é para pessoas que há tão pouco tempo tinham medo de aparecer, serem ouvidas, receberem destaque é a chance de compartilhar suas dores com outras pessoas que conhecem essas mesmas dores. 

Só tem um detalhe muito importante: quando acabar junho, o posicionamento tem que continuar. Não basta ser arco-íris apenas durante um período específico, falar de representatividade e ficar só no discurso. Eu sou uma aliada e não tenho nada de especial por isso porque, na real, todos nós devíamos ser aliados desta causa.

Paulo A.

Gerente de Seleção, HRBP, DHO e Metas no Grupo DPSP (Drogarias Pacheco e São Paulo)

3 a

Boa, Sá. Concordo e, independente do continuar ou não, bacana ver as empresas falando com mais naturalidade a cada ano e as pessoas se sentindo a vontade em ser quem são. Escreva mais =D

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