Os 10 Mandamentos

Da série Leadership through the movies (10a. edição)

Quais lições podemos tirar da experiência de quem liderou 2 milhões de pessoas por 40 anos no deserto até às portas da Terra Prometida?

Muitas e não caberiam neste espaço, tratemos de 5 delas.

Contexto. Comecemos pela escolha do filme, pensei que há dois dias da Sexta-feira Santa, seria apropriado escolher um filme que entre outros temas históricos trata exatamente da primeira Páscoa, a Pessach judaica, cujo sentido literal é passagem - de cativos a libertos.

Autoconhecimento. Moisés, resgatado do rio e da morte, a despeito de sua origem israelita torna-se filho da filha de faraó, o grande senhor do Egito. Passa então, exatos 40 anos vivendo sob essa falsa identidade. Depois 40, como um simples pastor de ovelhas no meio deserto, até ter um verdadeiro encontro com Deus e com seu eu verdadeiro (o que está longe de ser uma mera coincidência), para enfim, realizar nos últimos 40 anos, a vontade de Deus para ele.

Visão. Assim como Abrão foi chamado em Ur dos Caldeus para sair da sua terra e de sua parentela, Moisés foi conduzido por uma visão de uma possibilidade melhor e mais desejável: a Terra Comprometida. Ao contrário do primeiro, porém, ele não a habitou apenas a viu de longe, mas inspirou seu povo a conquistá-la.

Organização. Uma figura pouca conhecida da maioria das pessoas, Jethro, sogro de Moisés, vendo-o soterrado em responsabilidades durante dias sem fim, tentando resolver sozinho todos os problemas, de todo mundo, recomenda a ele que institua uma hierarquia de responsabilidades, com um organograma de líderes de grandes, médios e pequenos grupos. Fica aqui também registrada a importância de saber - e principalmente de decidirmos - delegar nossa autoridade.

Sucessão. Algo que também pode passar despercebido é a importância de Moisés ter preparado seu sucessor - Josué - e como sua dedicação a esta tarefa foi crucial para o sucesso da tão esperada conquista da Terra Prometida. Infelizmente, Josué não agiu da mesma maneira, levando o povo, depois de sua morte, a montanha russa em relação a sua fidelidade com Deus como sabemos pelo Livro de Juízes.

Só isso? Não. Podemos ir além, para estes 5 temas deixo 5 perguntas para sua reflexão.

1. Você tem uma visão clara do contexto em que está inserido? Sabe onde está e para aonde deve ir e conduzir "o seu povo"?
2. Quem é você? Como responde a essa delicada questão? Consegue se definir ou precisa de referências da sua posição social ou do mundo corporativo? Ainda é alguém que acredita que ser "Diretor Executivo de Assuntos Importantes" te define?
3. Você tem uma visão clara de um contexto mais desejável? Sabe descrever, pelo menos para si mesmo, o que deseja ver realizado?
4. Nem vou perguntar se onde trabalha tem organograma, deve ter, pergunto se já entendeu que não vai conseguir fazer nada sozinho e que precisa aceitar a ideia de delegar?
5. E quanto a sucessores? Você os está preparando, a todo tempo, ou tem medo de que eles possam te substituir? Já pensou que está ao mesmo tempo bloqueando o crescimento deles, da sua organização e também o seu?

Achou interessante como podemos aprender tanta coisa com uma personagem bíblica? E isso não é nem a pontinha da ponta de um enorme iceberg.

Inspirado pela ideia de orientar profissionais cristãos no espinhoso mundo corporativo, recentemente terminei meu terceiro livro, LAB - Liderando e Administrando segundo a Bíblia.

E enquanto ele está em fase de publicação, baseado em seu conteúdo, você já pode contar com minha mentoria para entender e aplicar princípios bíblicos no seu desenvolvimento pessoal, profissional e empresarial.

Para saber todos os detalhes me escreva aqui ou numa mensagem direta.

Tenham todos uma linda, inspiradora e abençoada Páscoa.

Eduardo Cupaiolo

Gostou? Ajude a divulgar. Curta, comente e compartilhe.