Os Ambientes Tóxicos de Trabalho
Gerentes que não se sentem na obrigação de saber os nomes das pessoas que compõem suas equipes, departamentos que brigam entre si, reforçando a animosidade entre as áreas. Bateu um déjà vu?

Os Ambientes Tóxicos de Trabalho

É relativamente fácil identificar um ambiente tóxico já no primeiro dia de trabalho. A atmosfera não muito profissional é gerada por gerentes sem paciência e com cara de poucos amigos, funcionários cuja gentileza é duvidosa e que, minutos após a apresentação, já começam a informar ao novo colaborador sobre os colegas e suas características, no melhor estilo “indiscrição corporativa”.

No decorrer das tarefas, alguns hábitos vão confirmando o que você, agora contratado, só percebeu após a entrevista, quando a empresa ainda se mostrava ideal: gente que nunca responde a e-mails, que continua olhando para o celular enquanto outras tentam explicar algo. É clima de cada-um-por-si-e-deus-por-todos. Gerentes que não se sentem na obrigação de saber os nomes das pessoas que compõem suas equipes, departamentos que brigam entre si, reforçando a animosidade entre as áreas. Superiores que, dentro de sua zona de conforto e conveniência, fazem vistas grossas e não tomam partido em conflitos. Gente que vive disparando e-mail sem o menor critério e sem nenhum tipo de diálogo anterior à formalização do problema. E os que se comunicam através de ataques, tendo o mundo em cópia nas infinitas trocas de mensagens. Resultado: Produtividade e rotatividade do projeto seriamente afetadas.

Bateu algum Déjà vu até aqui?

Para melhorar esse clima organizacional doentio, é necessário identificar e reconhecer conflitos e seus geradores. Muitos são os fatores que colaboram para construir ambientes tóxicos: personalidades e diferentes estilos de trabalho, expectativas e objetivos desalinhados, falta de clareza nas responsabilidades, multiplicidade de visão entre as áreas participantes do projeto.

É essencial diagnosticar a fonte de insatisfação e negatividade, sementes tóxicas. Nesse ínterim, os gerentes precisam protagonizar a vigilância e entender para qual direção caminham os funcionários. Não é papel do gerente dar conselhos ou consertar o que alguém fez de errado. O chefe eficaz é preventivo e sabe alinhar os objetivos dos colaboradores com as metas corporativas; antes disso, consegue identificar quem necessita de mais gerenciamento e neutralizar a incivilidade, antes que vire endemia. Num cenário mais dramático, e em última análise, remove do projeto quem está contaminando o time.

A semente da toxicidade no trabalho encontra terreno fértil em períodos de grandes mudanças. Nessa hora, avaliar “comportamento” em vez de “atitude” sempre se destacará como estratégia vencedora.

Marcio Vieira

Gerente de Projetos/Telecomunicações/Gestão de Negócio/Implementação de Redes/Conectividade de Municípios e Integração Social

5 a

Parabéns pelo artigo preciso e que vai direto ao ponto. Infelizmente quantas organizações são prejudicadas por ambientes inóspitos criado por profissionais que pensam e agem assim.

Adriana Dias e Souza

Product Owner| PO | Proprietário do produto | Dono do produto | Analista de requisitos| Analista de Negócios | Business analyst | Requirements analyst | CLF Certified Lean Inception Facilitator | Srum | Metodologia ágil

5 a

Excelente artigo Pedro Giovani Zanetti, PMP! É triste saber que há empresas que acham este tipo de ambiente super normal!

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